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quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Para ser de esquerda precisa ser PTista?

Amigos, nós que militamos na política, devemos satisfação aos nossos amigos, principalmente aqueles, que como eu, já concorreram a um cargo público, e mais ainda aqueles que ocupam cargos públicos, pois é comum e natural que nossos eleitores, amigos e familiares, nos tenham como referência e acompanhem nossas escolhas.

Por mais antiquado que possa ser a denominação, sou um militante de esquerda, e como tal, direciono minha prática política com o objetivo de construir uma sociedade mais equilibrada, com menos desigualdades sociais, com melhor qualidade de vida e com melhor distribuição de renda. Minhas escolhas políticas sempre levam esses fatores em consideração, e por este motivo que abracei, desde o início, a candidatura de Eduardo Campos, e depois a de Marina Silva, não só por representarem minha sigla partidária, mas por representarem um projeto que acredito.

Passadas as eleições é preciso respeitar o desejo do povo, manifestado de forma democrática através do voto e, portanto, aceitar que não fomos escolhidos para governar o Brasil.

Fiz algumas manifestações nas redes sociais e um amigo me cobrou coerência em relação ao PT, afirmando que eu estava “mudando de lado”, respondi a ele e agora esclareço a quem ainda tem dúvidas sobre o meu posicionamento.

Minha militância partidária começou no MR8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro) na década de 80, depois fui para o PDT de onde sai em 2000 juntamente com um grupo de companheiros para apoiar Tarso Genro para a prefeitura de Porto Alegre. Em 2001, esse grupo, que incluía a Presidente Dilma, filiou-se ao PT e eu optei por deixar a militância partidária. Só voltei a me filiar em um partido político em 2011 optando pelo PSB, partido que milito até o presente momento.

Participei de três governos no Rio Grande do Sul: Collares e Olívio, pelo PDT e Tarso, pelo PSB. Sempre contribui neste campo e tive a oportunidade de ingressar no PT e não o fiz, pois, embora reconhecendo sua importância, nunca me vi militando no PT.

NUNCA fui PTista! SEMPRE fui crítico ao PT, por sua relação com as demais forças de esquerda do país, por se acharem a “bolachinha mais recheada” do pacote, sendo o parâmetro para denominar quem é de esquerda ou de direita, mais ou menos assim: Está com o PT, é de Esquerda! Não está com o PT, é de Direita! Com esse pensamento, tentam fazer o povo pensar que Sarney, Collor, Calheiros, Maluf, são de esquerda. No Maranhão, por exemplo, preferiram fortalecer a candidatura de Lobão Filho (PMDB) apoiado pela família Sarney e as oligarquias locais, contra a candidatura de Flavio Dino (PCdoB). Eu sempre fiquei muito indignado com essa postura, o que nunca me impediu de reconhecer os méritos do PT e confiar o meu voto a eles, a ponto de deixar um partido onde me sentia em casa, o PDT, para manter minhas convicções de “esquerda” e apoia-los. Ironicamente ontem escutei o Governador Tarso Genro elogiando o Collares, que era seu adversário em 2000 e foi o pivô de nossa saída do partido, dizendo que ele era a grande “referência” do PDT, tudo porque a executiva do PDT tirou o indicativo de apoiar Sartori, mesmo tendo participado do governo Tarso, e o único que o defendeu foi o Collares. Como esse mundo dá voltas!

Agora estamos novamente em uma encruzilhada. Nos últimos 20 anos, tivemos que escolher entre um candidato do PT e outro do PSDB, e minha esperança era que este ano fosse diferente. Eu sempre me posicionei a favor do PT nesta polarização, mesmo nas eleições em que o FHC derrotou o Lula. O meu partido, mesmo antes de eu ingressar nele, também esteve ao lado do PT em todas as eleições desde 1989.

Aí eu pergunto: Após ter vivenciado a experiência de ver o presidente do meu partido e candidato a presidência da república, Eduardo Campos, juntamente com outros companheiros, morrerem em uma tragédia que chocou todo o Brasil; Após o PSB ter construído uma história digna no campo da esquerda, colaborado com importantes lideranças para os avanços que alcançamos no país; Após termos estado a par e passo com o PT nestes anos todos, é correto o tratamento que o PT nos deu no primeiro turno? O PT tratou o PSB com o respeito que merecíamos por toda a nossa história?  A prática PTista foi condizente com os princípios democráticos que sempre pregamos? O PSB não tinha o direito de ter uma candidatura própria? A estratégia de desconstrução pessoal e política, através de calúnias, difamações e mentiras, foram condizentes com a ética republicana que defendemos?

O mais humilde dos cidadãos sabem que o PT não foi digno com o PSB, e que atacou o pessoal de todos nós, nos desqualificando, desqualificando nossos candidatos usando de práticas abomináveis e, portanto, ficamos impossibilitados moralmente de estarmos ao seu lado neste segundo turno. Se antes eu tinha a certeza absoluta, 100% de certeza, que em uma polarização entre Dilma e Aécio eu apoiaria e votaria em Dilma, hoje eu tenho certeza de que se apoiar Dilma me sentirei envergonhado perante minhas filhas. Isso quer dizer que apoiarei o Aécio? Não! Simplesmente não decidi que posição tomar no segundo turno. Meu partido irá se reunir para decidir como se posicionará, e depois, pensarei, com muita calma, qual será a minha posição pessoal. O certo é que, para mim, é muito difícil escolher, pois é “o sujo falando do mal lavado”.

O PT escolheu o adversário do segundo turno, quis Aécio, imaginando ser ele o mais fácil de superar no segundo turno, preferiu correr o risco de perder a eleição para um candidato mais conservador (No segundo turno os dois candidatos tem chances de vitória) do que permitir que uma candidata do campo de esquerda se viabilizasse. Preferiram fazer uma campanha de desconstrução da candidatura do PSB, livrando o candidato do PSDB possibilitando seus crescimento, e com ele todos os seus aliados, e agora querem dizer que nós estamos querendo entregar o Brasil na mão do PSDB. Não teria sido exatamente o PT que preferiu correr o risco de entregar o Brasil na mão do PSDB do que para o PSB?


Assim amigos, fica registrada minha posição. Não vejo NENHUMA legitimidade no PT e nos PTistas para determinarem quem é de esquerda ou de direita. Não após os governos que realizaram, e muito menos agora, após o PT terem ajudado na eleição de um dos congressos mais conservadores da história recente do país (Assunto que tratarei em uma postagem futura). 

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Por mais vagas de Licenciatura no PROUNI!

Se olharmos as vagas disponíveis no PROUNI veremos porque o Brasil se encontra na situação que está, principalmente a EDUCAÇÃO.

Fiz o ENEM 2013 e estou me candidatando a uma vaga de Licenciatura no PROUNI, pois quero realizar um velho sonho de me juntar a uma categoria que muito admiro: Quero ser professor!

Tenho 44 anos, pais de 3 filhas e tenho 2 netos. Sou fotógrafo a mais de 20 anos, profissão com a qual me sustentei e mantive minha família, juntamente com outras atividades que exerci ao longo da vida. Fiz o ENEM para acompanhar minha filha caçula e por ter alcançado uma boa nota em redação, 960 pontos, e uma média razoável, 691.94 pontos, resolvi me candidatar a uma bolsa do PROUNI para, enfim, reforçar o exército dos “educadores”. Qual não é minha surpresa? Existem muito poucas vagas de licenciatura em minha cidade, Porto Alegre/RS, muito embora tenhamos várias faculdades. Pela renda familiar, tenho direito a um desconto de 50% então comecei minha procura. Vejam o que encontrei:

Sociologia ou Ciências Sociais (Minha Primeira opção)  Integral: 0 vagas – Parcial: 0 vagas

História (Minha segunda opção) Integral: 2 vagas – Parcial: 2 vagas

Letras Língua Portuguesa (Minha terceira opção) Integral: 3 vagas – Parcial: 1 vaga

Letras Inglês - Integral: 11 vagas (EAD) – Parcial: 0 vagas

Letras Português e Inglês - Integral: 1 vaga – Parcial: 2 vagas

Matemática: Integral: 1 vaga – Parcial: 0 vagas

Geografia: Integral: 58 vagas (EAD) – Parcial: 0 vagas

Educação Física: Integral: 3 vagas – Parcial: 0 vagas

Filosofia: Integral: 1 vaga – Parcial: 0 vagas

Pedagogia: Integral: 103 vagas ( 66 delas EAD)– Parcial: 7 vagas

Resumindo: Em 10 Cursos de Licenciatura em Porto Alegre, existem 183 vagas de bolsas integrais, sendo 135 delas em Cursos a Distância (EAD) e só 48 presenciais, e 12 vagas de bolsas parciais de 50%, ou seja: Quase nada.


Resolvi então fazer uma comparação: Se resolvesse fazer administração eu teria: Integral: 68 vagas – Parcial: 49 vagas, mas, já que o país está cheio de problemas e se precisar exigir meus direitos terei que buscar um advogado e para o curso de Direito existem: Integral: 84 vagas – Parcial: 24 vagas, porém, se eu quiser trabalhar nas RBS ou em outro veículo de comunicação, poderei me candidatar ao Jornalismo: Integral: 28 vagas – Parcial: 3 vagas, mas se preferir o Marketing: Integral: 127 vagas – Parcial: 6 vagas ou Publicidade e Propaganda: Integral: 21 vagas – Parcial: 5 vagas terei vagas de sobra.

Quando olho esse resultado, sou tomado por uma profunda indignação, pois parece que sobra professor e falta Marqueteiro, e não o contrário. Será que pirei e estou vendo o mundo ao contrário?

Sei que as vagas são as universidades que oferecem, e também sei que os cursos de licenciatura são cada vez menos procurados, porém, entendo que o governo deva incentivar a oferta destas vagas, principalmente para os beneficiários dos programas governamentais, pois,fazer pessoas como eu, super a fim de encarar uma sala de aula, ter que disputar 3 vagas é uma ironia. Sim, foi o que me restou: O Curso de Sociologia não tem nenhuma vaga, História têm só 2 e letras 1. Tenho certeza que existem mais pessoas com o mesmo desejo e poderão ficar de fora pela baixa oferta de vagas. Enquanto isso, nossas escolas penam pela falta de professores.


Compartilhe e Divulguem! Quem sabe no próximo PROUNI tenhamos mais vagas para licenciatura. 

Precisamos de PROFESSORES! 

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Sempre querendo nos manipular


O tempo vai passando, e cada dia mais a política vai se sofisticando, ficando mais parecida com o comercial de um produto qualquer. Se no passado, políticos com grande capacidade de inserção social, carisma e eloquência verbal eram fundamentais para o sucesso eleitoral, e os partidos investiam pesado na formação de quadros e na descoberta de novos talentos, hoje tudo mudou, e o sucesso eleitoral está muito ligado ao poder econômico e a capacidade do partido político contratar um publicitário, ou uma agência inteira de publicidade para fazer sua campanha.

As campanhas estão milionárias? Sim estão! E grande parte do valor gasto vai para sustentar a equipe de publicitários que é contratada, a peso de ouro, para vender um candidato como se vende um produto qualquer. Especializados em comportamento humano e experientes na arte de nos vender aquilo que não queremos comprar, os publicitários são cada vez mais ouvidos pelos políticos, e interferem, cada vez mais, naquilo que é dito e é feito pelos administradores.
Em resumo, os políticos não fazem mais o que é necessário fazer, mas aquilo que contribui para melhorar a sua imagem, pois o objetivo é simplesmente conquistar o poder e se manter nele.  Poucos são capazes de fazer algo que desagrade ao “publicitário mentor”.

Não é por menos que em grandes escândalos de corrupção como o Mensalão PTista e o valerioduto Tucano, o publicitário Marcos Valério está na linha de frente, comandando um grande esquema de desvios de dinheiro público. Estes casos não são isolados, existem muitos pelo Brasil. Aqui mesmo no Sul em 2010 foi desmantelado um esquema que teria desviado cerca de R$ 10 milhões do Banrisul com a participação das agências SLM e DCS. 
Por falar nisso, que fim deu esse caso? Abafaram?


Fui procurar alguns números para ver a força dos publicitários nas campanhas.
Campanha da Dilma 2010 – Arrecadação total R$ 135.530.844,32 Despesas R$ 153.093.181,16. Deste valor R$ 42 milhões foram para João Santana e sua empresa Pólis Propaganda e Marketing, ou seja, 31% do valor arrecadado na campanha. Recomendo a leitura da reportagem de época publicada em 04/10/2013 e veja como João Santana é uma das pessoas mais poderosas do Brasil, sim, pois se a maior autoridade do País, que é a Presidente da República, o escuta antes de tomar decisões importantes ele é alguém muito poderoso. http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2013/10/bjoao-santanab-o-homem-que-elegeu-seis-presidentes.html

Olhando a Prestação de contas da Campanha da Presidenta Dilma encontrei ainda outros valores interessantes:

R$ 2.615.100,00 para o IBOPE INTELIGENCIA PESQUISA, R$ 1.320.000,00 a CONSULTORIA LTDA VOX MERCADO PESQUISAS E PROJETOS LTDA e outros R$ 406.704,00 para OMA-ASSE. EM PESQ. DE OP. MERC. E AVAL. DE POLIT. PUBL. LTDA, ou seja, R$ 4.341.804,00 foram para institutos de pesquisas, 3,2% do total arrecadado na campanha.

Também encontrei R$ 2.364.478,00 para INFOLIBERO CONSULTORIA ESTRATÉGICA P/INTERNET LTDA de propriedade de Marcelo Branco responsável pela estratégia de Dilma nas Redes Sociais e mais R$ 4.040.000 a uma empresa chamada REALITY VOICE COMERCIAL E SERVIÇOS LTDA que me parece ser uma empresa de telemarketing, digo parece, pois não consegui informações precisas desta empresa na internet pois ela mudou de nome para TELLMED SERVICOS E SISTEMAS DE SAUDE LTDA e tem entre suas funções pesquisas de opinião e portanto pode ser também um instituto de pesquisa por telefone. Mas o importante é que mais R$ 6.381.478,00 ou 4,16% da arrecadação foram gastos com empresas de marketing e pesquisa.

Como podemos ver do total arrecadado para a campanha da Presidenta Dilma, 38% foram para a estratégia de comunicação. É preciso registrar que estes números são ainda maiores, pois fiz uma pesquisa muito superficial, selecionando apenas as despesas com 6 empresas que juntas totalizam R$ 52.339.578,00, uma verdadeira fortuna. A candidata Marina Silva, por exemplo, arrecadou um total de 24.108.859,74 em sua campanha a Presidência da República em 2010, menos da metade do que essas 6 empresas receberam).

Tudo isso para poder entender o que pensa o povo, o que ele está dizendo e para gerar uma estratégia publicitária que induza o povo a consumir o produto deles, que no caso é o candidato.

Não é a toa que nomes muito conhecidos da Publicidade Brasileira, como Nizan Guanaes, Duda Mendonça e João Santana se tornaram “gurus” de políticos.

Para um projeto vitorioso, hoje é preciso ter os elementos mostrados nas despesas de Dilma. Um bom marqueteiro, o constante acompanhamento através de pesquisas de opinião, para saber o que está colando ou não, e com a importância das redes sociais, uma empresa especializada em mídias digitais, para reproduzir sua política de marketing na internet. Sem esse investimento fica muito difícil alguém conseguir sucesso em um pleito eleitoral majoritário.

Funciona como uma marca, você paga mais caro por produtos que investem vultuosas somas de dinheiro em publicidade o que forma um ciclo vicioso que é mais ou menos assim: A empresa gasta X para produzir o produto e investe um valor, ainda maior, para divulgá-lo e transforma-lo em um produto sedutor do ponto de vista do marketing comercial, tudo isso para convencer o consumidor a adquirir aquele produto. O consumidor adquire o produto, por um valor muito maior do que o valor que seria normal, pois tem de pagar também toda a despesa que foi investida em publicidade para convencê-lo a comprar aquele produto.

Assim é com a política. Acabamos nos afastando dela, nos despolitizamos e acabamos “comprando gato por lebre” votando em candidatos que investiram gigantescas somas de dinheiro para contratar estruturas e manipularem tua opinião e lhe convencendo a comprar o “produto deles”.


A pergunta que faço: Quem você acha que paga essa conta?

PS: Recomendo também a leitura da reprodução do Artigo de Cleber Benvegnú que fiz neste blog http://www.testemunhaocular-blog.blogspot.com.br/2013/08/partidos-politicos-ou-sabonetes.html

terça-feira, 8 de outubro de 2013

PSB – Eduardo Campos – Dilma – Marina – Eleições – Lasier – Heráclito e Muito Mais – Parte II


Cuidado com quem prega a filosofia da superioridade “Ariana”, das “raças superiores” sem imperfeições. 
Isso nunca acaba bem!

Comecei a militar muito cedo, me afastei da política em 2001 e retornei em 2011.

Olhando para trás posso afirmar que nunca militei em um partido em que tivesse afinidade 100% com 100% dos seus membros, pelo contrário, sempre tive que conviver com pessoas, que mesmo no mesmo partido, pensavam diferente. Isso é absolutamente normal e democrático e está presente em todos os núcleos sociais.

Pense o partido como uma família, uma família com nove filhos, como a de meu pai, por exemplo, nove filhos do mesmo pai e da mesma mãe. Será que todos pensam e se comportam da mesma forma? Claro que não! Na família, assim como nos partidos, nas empresas, nos times de futebol, as pessoas podem pensar diferente, pois cada ser é único e fruto de suas circunstâncias, por isso, que o partido têm um programa, um estatuto, assim como a religião tem sua bíblia, e quem ingressa no partido adere àquele programa, e não ao contrário.

Quem leu algo sobre os regimes totalitários (aconselho que leiam) saberá que a “criação” de inimigos é uma forma amplamente utilizada para gerar reação, pois, quando vivemos sobre a regência do “medo” somos facilmente manipulados, nos fechamos, pois qualquer um pode ser o nosso “inimigo”.

Nas vésperas de eleições, assim como em momentos como agora, de articulações e definições, muitos oportunistas e falsos comentaristas, principalmente os com interesses pessoais e políticos, começam a atacar seus possíveis adversários, começam a gerar o medo, e criar falsos inimigos. Lembram quanto tempo o povo ficou reelegendo o PT em Porto Alegre com “medo” de que os “inimigos” pudessem acabar com o “orçamento participativo”? A história das “privatizações” é outra “arma” que vira e mexe é apontada contra alguém: Se você votar no fulano ele vai privatizar a “Petrobras” a “Caixa”... Se votar no candidato tal, vão ficar sem Bolsa Família!

Quem lembra que o PMDB, do Sarney, elegeu todos os governadores, com exceção do Sergipe onde o aliado PFL elegeu o governador, nas eleições de 1986, embalados pelo Plano Cruzado e pela distribuição de “auxílios” como o ticket de leite? Na época era uma heresia não votar no PMDB, pois os outros iriam acabar com o “Cruzado” e as pessoas mais pobres não iam ter mais o “leite”.

Pois é, recomendo que àqueles que não conhecem essa parte da história, que façam uma pesquisa, principalmente antes de demonizar, difundir boatos e disseminar o “medo”, induzidos por “espertinhos” que se aproveitam do seu desconhecimento para te manipular.

Meu partido, o PSB, tem muita gente boa!

O PSB é um partido que possui lideranças como Beto Albuquerque, Eduardo Campos, Luiza Erundina, João Capiberibe, Rodrigo Rollemberg, Beto Grill, e tantos outros, por isso, tem motivos para se orgulhar.
Em 1920, na Alemanha, nasceu o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, que em 1933, liderado por Adolf Hitler assumiu o poder. O resto da história todo mundo conhece. Os membros deste partido consideravam-se superiores, e esse tipo de pensamento tornou-se muito perigoso para a humanidade. 

Com o pouco de experiência que a vida me deu, percebo que todos nós, em maior ou menor escala, temos um pouco deste sentimento de superioridade, que nos faz, em certos momentos, achar que somos melhores que os outros e por vezes nos leva a sermos até “cruéis” com os nossos semelhantes, principalmente com aqueles que “consideramos” nossos “inimigos”. Confesso que já agi assim, e tenho buscado, com muito esforço, melhorar isso em mim.

No sábado, o meu partido, o PSB deu “abrigo” a Marina Silva, e seus companheiros da REDE, que ficaram impedidos de concorrer nas eleições de 2014, por terem o registro do partido negado pelo TSE.

Em meio a esse momento, algumas pessoas, dos mais diversos setores da sociedade, a maioria ligados ao PT e seus aliados, começaram uma grande onda de agressões contra o PSB e contra Marina, temendo que essa união possa ameaçar a permanência do PT no poder (Vou falar sobre Marina, PSB e PT em outra postagem). É preciso registrar que vi mais elogios do que críticas, mas é preciso reconhecer que houveram críticas. A maior parte das críticas utilizava-se de alguns novos filiados ao PSB, como Heráclito Fortes, e Paulo Bornhausen, e a manifestação de apoio de figuras como Ronaldo Caiado a candidatura de Eduardo Campos. Acusam o PSB de não ser de esquerda e não ser Socialista por ter aceitado a filiação e o apoio destes caras, reconhecidamente, considerados de “direita”.
    
O Tweet do ator José de Abreu, minutos após vazar a informação de que Marina Silva se filiaria ao PSB, dá a demonstração de como foi encarado o gesto e qual foi a reação, tentando imediatamente desqualificar o PSB, em um gesto agressivo e desesperado.
Por mim, eles não teriam passado nem perto do PSB, como eu sei que, se dependesse de algumas pessoas, eu também não estaria no PSB. Essa é a realidade, o partido é feito de um conjunto de pessoas, e precisamos fazer uma continha de chegada, ou seja, medir, se no somatório geral, temos mais afinidades ou divergências. Se temos mais afinidades, devemos permanecer no partido e ficar alertas, participar ativamente das instâncias partidárias, das reuniões, militar, ser atuante, para que o partido não se desvie de seus valores e princípios. Se encontrarmos mais divergências, aconselho a procurar outra sigla.

A probabilidade de encontrar 100% de convergência é praticamente zero, pois, felizmente, ou infelizmente, não decidimos quem entra e quem sai de nosso partido, essa decisão cabe a própria pessoa, e ao partido, que possui suas instâncias coletivas para aprovação e reprovação de filiados, e em cada cidade e estado a realidade é diferente.

O PSB ideal para mim, e isso é preciso ficar bem claro: Para mim! Teria uma série de companheiros que estão no PSB e uma série de outros que não estão no PSB. O meu PSB teria o Cristóvão Buarque, o Carlos Araújo, o Jean Wyllys, o Pedro Ruas, o Miro Teixeira, a Juliana Brizola, a Dilma e outros políticos que admiro. O “meu” PSB não teria o Heráclito, o Bornhausen, o Pastor Eurico, e outros companheiros com quem não tenho nenhuma afinidade. Que bom que fosse assim!

Porém, nem que eu tivesse o meu próprio partido teria a garantia de que ele fosse composto por todas as pessoas que eu admiro e respeito, pois além da minha vontade de tê-las a meu lado, teria que contar com a vontade deles também.

Já fiz aqui uma postagem sobre a criação de novos partidos e essa dificuldade que temos de encontrar nos partidos atuais, aqueles que atendam integralmente nossas expectativas. O nosso individualismo, ou a nossa vontade de fazer a coisa certa, por vezes nos leva a pensar que o mundo ideal seria aquele na qual temos o total controle, na qual temos o total poder. Infelizmente não é assim, e como disse no exemplo, o fato de termos o nosso próprio partido não significa que ele se transforme no partido de nossos sonhos, pois entre sonho e realidade há uma diferença.

Milito no PSB desde 2011, foi a trincheira que escolhi para travar minha luta por um Brasil melhor, após mais de uma década de afastamento da militância. Têm gente no PSB que eu não gostaria de chamar de companheiro, porém existe um número de companheiros, infinitamente maior, com que me sinto absolutamente confortável em dividir a trincheira. O PSB tem muita gente legal, gente bem intencionada e competente, e não vai ser uma minoria que irá macular uma bela história construída em anos de luta.

Estou feliz com a “filiação transitória” dos militantes da REDE, pois entendo que eles mereciam participar do processo eleitoral, por sua história e por seu esforço, acho que podemos todos, aprender muito com essa experiência.

Desculpe se não agradamos a todos!
  
Marina Silva e os militantes da REDE receberam "abrigo" no PSB.
Considero o gesto positivo e todos são Bem Vindos, mesmo que transitoriamente!
Juntos podemos aprender muito com essa experiência!

Foto: Humberto Pradera

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

PSB – Eduardo Campos – Dilma – Marina – Eleições – Lasier – Heráclito e Muito Mais – Parte 1



O último final de semana trouxe muitas novidades para a política brasileira. Por todos os cantos do país, os eleitores foram surpreendidos pelos movimentos do tabuleiro político, e em época de redes sociais, travam-se verdadeiras batalhas virtuais.

Em 2011 resolvi retornar a militância política, com o objetivo principal de contribuir com a minha opinião e com minha forma de encarar o mundo. Queria auxiliar com o debate para a construção de uma nova geração de políticos, movidos por outros interesses e sentimentos, e acreditava, de forma até pretensiosa, que conseguiria ser parte desta mudança. Claro que tudo foi e está sendo mais difícil do que eu esperava, pois todos que me conhecem sabem que sou um otimista, e sempre me imponho grandes desafios, muito grandes, diga-se de passagem, mas também sabem que não sou de desistir fácil.

Pois então, diante deste quadro político, entendo que devo registrar aqui minhas opiniões, de forma a compartilhar com aqueles que em mim confiaram seus votos e que, de alguma forma, me têm como referência política. Entendo a política assim, feita com transparência, com defesa de opinião, mesmo que ela não seja o senso comum, ou agrade a maioria, e principalmente com franqueza, sem o cinismo e oportunismo reinante em grande parte dos políticos que se comportam como verdadeiros “estelionatários” da opinião pública, que agem sorrateiramente na escuridão dos porões do poder.

Em várias postagens, pretendo registrar o que penso, sobre o momento político, sobre o futuro, e como é a minha militância, o meu partido, e como eu gostaria que fosse. Sem medo, vou registrar como vejo tudo isso, para, pelo menos, ser justo com aqueles que tiveram a coragem de confiar a mim seus votos, e ainda pedir aos outros que também o fizessem. Vamos lá então!  


Eu e a Presidenta Dilma Rousseff
 
Foto registrada em 22.01.1998, talvez um dos primeiros registros de Lula com sua sucessora, Dilma Rousseff, em um encontro dos partidos de esquerda na Churrascaria Galpão Crioulo, em Porto Alegre, ela representava o PDT (Em 1998 Lula concorreu a Presidente da República tendo Leonel Brizola como seu vice. Participei ativamente desta campanha!
Acho importante começar por aqui. Quem me conhece sabe das relações afetivas que tenho com a Presidenta Dilma, de quem fui companheiro de militância no PDT, inclusive fiz parte do grupo de filiados, que junto com ela, deixaram o PDT, em 2000, para apoiar Tarso Genro na eleição para a Prefeitura de Porto Alegre. Sabem também de meu carinho e admiração por seu ex-companheiro, Carlos Araújo, a quem tenho como amigo e referência política e, portanto, gostaria de deixar registrado aqui a minha opinião, pois não sou um antiPTista, e também não sou oposicionista do governo de Dilma. Pelo contrário, sou um defensor de todos os avanços de seu governo e posso afirmar, sem nenhum constrangimento, ou dúvida, que ela é uma abnegada e que está dando o seu melhor para o Brasil. Sou uma pessoa de esquerda e não serviria de arma para inviabilizar o governo dela.

Se me perguntarem se gostaria que o PSB continuasse fazendo parte do Governo Dilma, responderia que sim, não veria com maus olhos a permanência do PSB no governo de Dilma, assim como não acho que se ela for reeleita o Brasil irá piorar. Pode não melhorar, mas, piorar eu não acredito! 

Por que eu defendo a candidatura de Eduardo Campos, então?  Os motivos que me levam a apoiar Eduardo Campos são vários, desde os mais elementares, que são, por exemplo, o fato de ser filiado ao PSB e no momento que escolhi por me filiar a um partido, devo respeitar suas decisões, até o simples entendimento de que, ele pode auxiliar o Brasil a crescer, trazendo uma nova forma de governar, um novo olhar sobre o que está aí, e sem se afastar do campo popular e socialista. Olhando assim, parece simples, porém essa decisão é mais complexa e passa por alguns outros fatores que irei expor na sequência, o importante é que as pessoas entendam que para ser a favor de Eduardo Campos, não precisa ser contra a Dilma. Esse antagonismo, é apenas uma característica PTista que, muitas vezes, se comporta de forma maniqueísta, onde quem está com eles é bom, e quem não está é ruim, como se eles fossem o parâmetro de Bom e de Bem, assim como uma personificação do “divino” e neste campo fica difícil de argumentar, e quanto mais se tenta, mais piora.
 
Em 2002 lá estava eu, novamente, depositando meu voto em Lula e no PT (A menina da foto é minha filha caçula, Renata, com 6 anos de idade)
O gesto se repetiu em 2006 e, em 2010 ajudei a eleger minha ex-companheira de militância e primeira mulher eleita Presidenta da República, Dilma Rousseff.
Assim, para iniciar, deixo muito claro que tenho toda a simpatia pela presidente Dilma, e não tenho nenhuma resistência, ódio, ou algo parecido pelo PT. Já depositei meu voto e fiz campanha para candidatos do PT em inúmeras oportunidades, embora tenha minhas críticas a seu modo de fazer política, que explicitarei no decorrer. 

Portanto, não aceito e repudio, qualquer tentativa de me colocar no campo oposto. Sou militante de esquerda, o PSB é um partido de esquerda e qualquer insinuação em contrário é pura leviandade.

Espero que me acompanhem, comentem e, principalmente, que eu possa auxiliar na reflexão daqueles que me leem, expressando com sinceridade o que penso sobre o momento político que vivemos. 

Boa Leitura!
 
Em 2012, em uma das visitas ao companheiro e amigo Carlos Araújo, acompanhado do comandante Beto Albuquerque.