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sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Beto Albuquerque, um Líder, um Vencedor!


          Hoje utilizo esse espaço para homenagear o comandante Beto Albuquerque. Essa semana ele fez seu discurso de despedida da Câmara dos Deputados, pois no dia 31 de Janeiro de 2015 estará encerrando um ciclo de 24 anos de mandatos eletivos, dois mandatos como Deputado Estadual e quatro como Deputado Federal. Beto saiu direto da faculdade de direito para a Assembleia, tem uma história de vitórias e importantes serviços prestados a nossa sociedade.

         No dia 04 de Dezembro, ele recebeu o Prêmio Líderes e Vencedores, concedido pela Federasul e Assembleia Legislativa, pela segunda vez (A primeira foi em 2009). Na edição desta semana a Revista Época o colocou como uma das 100 personalidades mais influentes do Brasil. No domingo, enquanto o acompanhava nas atividades da Semana de Mobilização Nacional Para a Doação de Medula Óssea, eu pensava em minha própria trajetória política, e o quanto eu fui privilegiado. Durante estes anos todos eu pude ter a honra de conviver com pessoas incríveis, pessoas que me proporcionaram um rico aprendizado, daqueles que nenhuma faculdade pode oferecer. Nesta lista está Leonel Brizola, com quem pude conviver por diversos anos, acompanhando nas campanhas eleitorais e nas atividades partidárias, tenho um acervo de milhares de fotos dele, e pude escutá-lo falar por incontáveis vezes, mas não foi só com ele que convivi na política, e aqui vou relacionar apenas aqueles que escolhi e me escolheram para compor suas equipes. Sim, pois muitos acham que fazer parte de um gabinete parlamentar, ou de uma equipe de governo é algo fácil, pois saibam que não é, existem alguns que equivalem a um vestibular dos mais disputados.

Na década de 90, quando acompanhava o saudoso Leonel Brizola em suas andanças pelo Rio Grande do Sul, pude registrar alguns encontros com Beto Albuquerque. Na época Brizola já chamava a atenção para o talento e a liderança dele
          Na política, assim como em qualquer espaço social, existem diferenças, inclusive na qualidade do político e do mandato. Em minha militância política pude trabalhar com Wilton Araújo (Vereador PDT), Carlos De Ré (O saudoso Minhoca, na FGTAS) Pedro Ruas (Vereador PDT e Secretário de Obras do Governo Olívio Dutra), Milton Zuanazzi (Secretário do Turismo do Governo Olívio Dutra), Juliana Brizola (Deputada Estadual do PDT), até chegar no Deputado Beto Albuquerque, primeiro na SEINFRA e depois no mandato de Deputado Federal do PSB. Lembro, como se fosse hoje, do dia em que recebi seu telefonema, quando tomou posse na Câmara, após um período como Secretário de Infraestrutura, dizendo: Serginho, quer vir para o mandato? Receber um convite destes é como ser convidado para jogar em um clube da elite, é como o jogador que recebe o convite para jogar na dupla Gre-Nal (poderia citar o Barcelona e tantos outros, mas preferi os grandes gaúchos), uma honra.

Essa foto é muito especial, pois é de um momento de grande
felicidade. Vivíamos a esperança, a motivação, o sonho.

Esse encontro, infelizmente, não poderemos repetir
          Nestes últimos dias tenho pensado nisto tudo, não só do dia em que me convidou para compor o seu “time”, mas todos os outros convites que recebi e os momentos que vivi com essas pessoas, e me senti um privilegiado.

          Essa é uma característica importante no comandante Beto Albuquerque, a sua capacidade de nos fazer sentir especiais - reside aí uma importante reflexão que todos devemos fazer, pois uma das formas de avaliarmos a “saúde” de uma relação, é pensarmos o quanto somos capazes de nos sentir felizes por ter esse alguém em nossas vidas - é assim que me sinto trabalhando com o Beto, me sinto orgulhoso de minha trajetória, me sinto feliz e valorizado em minha caminhada, pois ele, através de seu trabalho, da seriedade com que faz política, com a sensibilidade com que trata as causas que defende, e principalmente com a generosidade com que trata as pessoas e em especial as pessoas de sua equipe, faz uma enorme diferença. Não tê-lo no Congresso Nacional é uma grande perda, não fazer mais parte de sua equipe deixará um vazio. É sempre um orgulho dizer onde e com quem trabalho!

          Beto é dos políticos atentos às causas da sociedade, é sensível aos clamores públicos, e um verdadeiro vencedor. Nem a pior derrota de sua vida, que foi a perda do filho Pietro, com apenas 19 anos, foi capaz de derruba-lo, da sua dor nasceu um trabalho abnegado na busca por doadores de Medula Óssea e pela melhoria do atendimento no sistema de saúde.

           Vim trabalhar com o Deputado Beto em 2011 e sempre tive dele um tratamento especial,  não diferenciado, mas especial, educado, generoso, bem humorado, altivo, solidário, respeitoso, são apenas alguns dos “Betos” com quem convivi. Não tenho uma única passagem de desrespeito, de injustiça para relatar, algo que eu mesmo não me sinto capaz de fazer, pois minhas imperfeições fazem com que me indigne com frequência. Trabalhar com alguém e ter dele sempre um tratamento respeitoso foi um grande ensinamento.

Como não reconhecer e agradecer a quem sempre te respeitou, prestigiou e apoiou?
Quando olho nossa história juntos, vejo momentos especiais, boas recordações, companheirismo, solidariedade, e só posso me sentir um privilegiado por tê-lo como amigo, como líder, como "comandante"!

          Vivemos em uma sociedade que tem preconceito com o elogio, confunde reconhecimento com bajulação interesseira, o que considero uma verdadeira ignorância. Costumamos ser contundentes nas críticas e modestos nos elogios, como se reconhecer o valor de uma pessoa fosse feio ou impróprio. Sou extremamente crítico, e o legítimo “super sincero” a ponto de muita gente se ofender com minha franqueza, porém, tenho como filosofia de vida, valorizar muito mais as qualidades das pessoas do que seus defeitos, muito mais os seus feitos do que seus malfeitos, e jamais me imponho silêncio na hora de proferir um elogio ou manifestar meu respeito e admiração, posso até controlar uma crítica, mas jamais um elogio, pois se é merecido, não há porque reprimi-lo, e o cara com quem trabalhei nos últimos três anos, merece o meu grande reconhecimento, e todos os meus elogios, a ponto de acreditar que um único depoimento não é o suficiente para relatar tudo o que ele representa.

          Valeu Comandante! Tem sido uma grande honra estar ao teu lado, e essa experiência muito me dignificou. Obrigado pelas oportunidades, pelo reconhecimento, apoio e respeito que sempre me dispensou, e aos quais eu jamais poderei retribuir.


          Vida Longa, Feliz, e muito sucesso na nova caminhada!    

Essa foto da campanha de 2012 é uma das mais belas lembranças que guardarei desta caminhada!
Valeu Comandante Beto Albuquerque! Avante! 2018 é logo ali!

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

“Alien” O Passageiro – A Autofagia dos Partidos Políticos

Em 1979, Hollywood lançou o Filme Alien – O 8º Passageiro, protagonizado por Tom Skerritt e Sigourney Weaver. No filme, que fez muito sucesso na época, uma criatura alienígena persegue e mata a tripulação de uma nave espacial. Eu era adolescente quando lançaram esse filme e jamais esqueci. Talvez seja uma das grandes produções cinematográficas americanas, daquelas que fazem história.

Lembrei do filme, porque, em uma das principais cenas, o Alien sai de dentro de um dos tripulantes, estourando seu peito, uma cena impressionante!  O Alienígena se hospedava no corpo humano e quando se desenvolvia, saia pelo peito do hospedeiro, causando sua morte.

Pois, tal como no filme, alguns “Aliens” se hospedam nos partidos políticos brasileiros, onde se alimentam, se desenvolvem, e depois saem, muitas vezes causando a morte de seu “hospedeiro”.

Tenho pensado muito nisso nos últimos tempos, pois dia 05 de Outubro, encerra-se o prazo para filiações partidárias, para aqueles que pretendem concorrer nas eleições de 2014, e há intensas movimentações dos partidos e de pessoas com vistas às eleições.

Os partidos procuram nomes “fortes” para conquistarem votos e fortalecerem suas legendas, e os candidatos procuram siglas que lhe ofereçam as melhores condições de vitória, o que envolve, desde ajuda financeira até apoio político, preferência, boas dobradinhas (Alguém têm dúvida que, a possibilidade de fazer uma dobradinha com a campeã de votos Manuela D’ávila, pesou na decisão de André Machado concorrer a Deputado Federal pelo PCdoB?).
Atenção: As imagens aqui contidas são meramente ilustrativas sem intenção de juízo de valor. 
Aqueles que me conhecem sabem que sou resistente aos partidos servirem de “barriga solidária” para gestação de políticos que não tem identidade ideológica com o partido (Deixando claro que resistente não quer dizer totalmente contra). Os candidatos das igrejas por exemplo. Não consigo entender que os partidos se prestem a servir de trampolim para políticos que depois não defenderão os ideais pelo qual o partido foi criado, e sim as ordens de seus líderes religiosos, que muitas vezes defendem ideias antagônicas as do partido, e assim é com os candidatos de corporações, as “personalidades”, mulheres frutas, Ex-BBBs (A propósito, o Jean Willis é muito mais que um Ex-BBB), Ex-atletas e etc.

Porque da minha resistência? Há mais de 30 anos acompanhando a política, percebo que, grande parte destes candidatos, entendem pouco quase nada de política, não compreende de disciplina e fidelidade partidária, não possuem ideologia, e se posicionam geralmente levando em consideração, única e exclusivamente os seus objetivos pessoais e eleitorais. Pois se a política deve ser pensada visando o bem comum e o interesse coletivo da sociedade, como vamos colocar alguém que pensa apenas em si ou no seu grupo? É uma contradição! Por isso é que a política está tão descaracterizada, e também por isso cada um quer ter seu partido político. Todos querem ser Reis! Todos querem ser pastores do rebanho!

Uma pessoa que era ídolo, seja no campo artístico, esportivo, midiático, geralmente é alguém com uma vaidade acima da média, e por isso, com certa facilidade, fica descontente com o partido, por não ter a “atenção” que esperava, a “deferência”, ou não tem os seus desejos e postulações atendidas, comportando-se como “crianças mimadas” que não sabem receber um não.
Na ânsia de se viabilizarem eleitoralmente, os partidos acabam entrando em um processo de autofagia, trazendo para dentro de si, esses elementos que acabaram por causar-lhes problemas, pois quando se elegem, passam a ser a vitrine do partido, e suas contradições, seus erros, suas incoerências e seus “chiliques” acabam por desacreditar os partidos e a política.

Como o Alien, do filme, essas figuras causam danos internos no partido e, muitas vezes, quando saem causam a destruição do corpo hospedeiro, ou seja, a sigla que usou para se eleger, deixando apenas o ônus, levando o bônus. Portanto, se os partidos tivessem mais cuidado na hora de recrutar seus candidatos, evitariam muitos desgastes, e a contaminação da política por pessoas individualistas, personalistas e despolitizadas.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Abaixo a Ditadura do Diploma!


        Recentemente os vereadores de Porto Alegre, entenderam pela obrigatoriedade do curso superior para ocupantes dos cargos de chefe de gabinete e coordenadores de bancadas. Tal postura segue uma tendência de supervalorização do diploma do curso superior e poucas pessoas se insurgem contra, por temer serem acusadas de não defenderem a capacitação e o estudo.

          Não é o meu caso. Incentivei e incentivo minhas filhas a terem um curso superior e eu mesmo pretendo tê-lo um dia, e toda a especialização que for necessária para desempenhar, bem, aquilo que escolher exercer, porém não consigo aceitar a imposição descabida do diploma, como se ele determinasse a capacidade, ou não, de uma pessoa para algumas funções.

          O curso superior é importante e fundamental para o exercício de determinadas profissões, pois possibilita que ela possa estar apta a exercer atividades bem específicas e especializadas, como por exemplo, medicina e engenharia, porém, não preciso de diploma de nível superior para ser motorista, pedreiro, carpinteiro, a minha profissão de fotógrafo, e uma infinidade de outras profissões, assim como para ser político não precisa, como para ser empresário e principalmente para ser líder.

          Exigir diploma, em muitos casos, é apenas quererem nos vender aquilo que não precisamos, e impor uma limitação injusta, pois se não vejamos, pegando o caso específico da câmara de vereadores: De um lado eu tenho uma liderança nata, uma pessoa que atua politicamente desde a juventude, entende tudo de política, e por exercer uma função profissional, que não exija curso superior, fica impedida de exercer uma função política.

          Aqui cabe um parêntese. A política, geralmente é algo paralelo a nossa profissão e que pode, ou não, se transformar em uma profissão, não obrigatoriamente. A pessoa pode ser cabeleireiro, empregada doméstica, carpinteiro, motorista e, por necessidade, motivação e vontade, se tornar um líder de sua categoria, uma referência, aprender, no dia a dia, a aglutinar, convencer, liderar.

          Pois é, temos o exemplo do nosso ex-presidente Lula, que foi um dos mais importantes presidentes de nossa história, porém antes teve de superar diversos preconceitos, entre eles o de não ter diploma de nível superior, pois essa pessoa, que entende quase tudo da arte política, pode ser até presidente da república, mas não pode ser chefe de gabinete de um vereador, mesmo que para o exercício da função esteja altamente capacitado. Porém, uma pessoa, que nunca fez política, mas tem um diploma de curso superior (Qualquer diploma, de engenheiro, agrônomo, ciências aeronáuticas, farmácia, hotelaria, não importa), mesmo que para o exercício desta função ele não tenha nenhuma especialização e nenhuma experiência, e sim o simples fato de possuir o diploma, pode ocupar um cargo de relevância política mesmo que não tenha habilidade para tal.

          Isso tudo quer dizer que, quem tiver diploma superior não pode ser político? Não! Isso quer dizer que o médico, o engenheiro, o fisioterapeuta, assim como o pedreiro, a doméstica, o motorista podem ser políticos, porém, algumas pessoas querem limitar o acesso de alguns grupos às funções importantes, querem impor barreiras, para que pessoas simples, das mais diversas origens, como operários de toda a ordem, camponeses, donas de casa, profissionais autônomos, não se envolvam com política, que não possam alcançar os melhores salários e assim acenderem politicamente.

          Querem, os autores de regras como essa, que líderes comunitários, camponeses, operários, sirvam apenas como massas de manobra, e não possam galgar funções políticas de relevância, que lhes proporcionem melhores remunerações e crescimento.

          Desculpem a franqueza, mas conheci muita gente que não possui curso superior e é extremamente competente e capacitada para o exercício de suas funções, já vi muito mestre de obras dar show em engenheiro, e na política, especificamente, a melhor faculdade é a da vida. Alguém vai querer me convencer que uma pessoa que consegue reunir uma multidão em uma comunidade de periferia, que lidera uma categoria profissional, não consegue coordenar um gabinete com meia dúzia de assessores?

          Em nosso país alguém pode ser semialfabetizado, abrir um negócio, ser habilidoso, prosperar, construir um império, ficar milionário, ser respeitado internacionalmente, mas se for convidado para ser chefe de gabinete na câmara de vereadores de Porto Alegre, será considerado inapto.

          Não param de proliferar cursos superiores, presenciais ou à distância, virou um grande negócio, muitos deles colocando no mercado pessoas com “pouca capacitação”, mas com diplomas, enquanto faltam técnicos, profissionais e principalmente líderes. Despejam pessoas com diploma nas ruas, sem emprego, e a forma de continuar vendendo diplomas, muitas vezes inúteis, é criarem mais espaços onde o que precise seja o diploma e não a capacidade.

          Abaixo a Ditadura do Diploma!