terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

ELES ESTÃO DESCONTROLADOS!


Com a popularização da Internet, e a democratização da rede, transformando todos nós em potenciais formadores de opinião, começamos a ter novos fenômenos, verdadeiros personagens da vida moderna. Lembro agora, dois símbolos desta era, a adolescente Isadora Faber que criou o Diário de Classe e possui mais de 500.000 seguidores, e o jovem carioca Rene Silva Santos que possui mais de 47.000 seguidores no twitter e criou o Jornal Voz da Comunidade no complexo do Alemão.
Mas, se por um lado temos personagens de carne e osso, temos outros que não podemos tocar, um deles é o fake ("falso" em inglês), identidades falsas, por vezes utilizando-se de nomes de personalidades ou apenas ocultos por um codinome, que povoam a Internet, e que na maioria das vezes, com algumas exceções, é claro, escondem os “velhos covardes” de sempre.

A VELHA “INDÚSTRIA DO BOATO” GANHA UM IMPORTANTE ALIADO
Em um mundo onde honestidade e honra, são cada vez mais difíceis de encontrar, a Internet trouxe a massificação desses “sentimentos ocultos” dentro de cada um de nós, que acabam ganhando adeptos, seguidores e etc. Desta forma, a velha “indústria de boatos”, ganhou uma importante ferramenta, e transformou muitas “mentiras” em “verdades” e “colocou palavras” na boca de muita gente, por isso é cada vez mais raro encontrarmos informação com credibilidade.
A Política e o show business, sem dúvida, são onde a “fofoca” faz a festa, pois é notícia plantada o tempo todo. Bastou alguém colocar no twitter, facebook, em algum blog, que fulano de tal namora siclano (no caso dos artistas), ou que fulano está com o cargo por um fio (no caso da política) pronto, lá se foi a vida da pessoa pelo ralo, e como cada um que conta um conto, aumenta um ponto, o negócio toma uma dimensão, por muitas vezes desumana.

O TELEFONE SEM FIO DO SÉCULO XXI
Quando era guri brincávamos de “telefone sem fio” que funcionava assim: fazíamos uma fila, a primeira pessoa sussurrava no ouvido do companheiro ao lado, uma frase, aquele que ouviu, transmitia, também ao “pé do ouvido”, o que escutará ao companheiro do lado, e assim sucessivamente até o último, e ele teria de repetir, em voz alta o que escutou. Era muito engraçado ver o resultado, morríamos de rir, pois geralmente era uma frase bem diferente do que o primeiro falou, dependendo da complexidade da frase inicial, o resultado era inimaginável. Hoje a Internet é o nosso telefone sem fio, onde as pessoas reproduzem o que ouviram, ou viram e aí é um “Deus me acuda!”. É um morre gente, ressuscita gente, demite, admite, casa, separa, é Fake dando notícia como “fonte confiável”, é uma doideira total.

A IMPRENSA E SUAS “FONTES CONFIÁVEIS”
A estas alturas, você deve estar se perguntando onde eu quero chegar. Uns já devem estar dizendo: Lá vem o Serginho querendo censurar a Internet, controlar, botar cabresto. Nada disto! Só quero alertar para que, em tempos como agora, redobremos nossa atenção em relação às informações que nos chegam, pois até a imprensa se contamina com isso, e dá muita “barrigada” por levar em consideração “notícias plantadas”.
Para ilustrar uso três casos:
1.  Em 1993 o então Deputado Federal Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) foi cassado, após ter comandado o impeachment de Collor, e o pivô desta cassação foi uma matéria na revista Veja que revelou-se falsa, e que ano depois foi desmascarada. (Confiram: http://www.istoe.com.br/reportagens/11043_A+VERDADE+APARECE  Leiam também http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/um_exemplo_de_antijornalismo Coloquei as duas, pois uma contesta a versão da Veja, e a outra contesta a versão da Istoé, sobre a versão da Veja. Em qual devemos acreditar?)
2.   Durante as eleições saiu uma notícia de que havia um vídeo rodando na Internet, onde a então candidata a Prefeita, Manuela D’ávila, aparecia fumando maconha na universidade, por onde andava as pessoas falavam sobre o assunto, e uns chegaram a dizer que haviam visto o tal de vídeo, pois, revirei a Internet e não encontrei, e ninguém sabia me dizer onde encontrar. Alguém viu o vídeo e pode me indicar? Ou será que esse vídeo nunca existiu e tudo não passou de boato, plantado por seus adversários?
3.  Esta semana na ZH em uma coluna conceituada, ao comentar sobre a RS 010, a colunista publicou o seguinte texto: Beto queria ou o projeto original, ou nada. E se opôs à tentativa do governo de trazer a EBP (Empresa Brasileira de Projetos) para fazer o projeto, o que atrasou quase um ano a discussão. Ele deixou uma herança negativa – diz uma figura influente no Piratini.” Pois é, Figura influente. O que seria uma figura influente neste caso? Um Secretário? Um assessor? Um dirigente? Como alguém pode respeitar uma declaração desta importância, que faz uma acusação desta natureza, sem dar a oportunidade de, nós mesmos, avaliarmos se essa pessoa é realmente “uma figura influente no Piratini”?  Como que um jornal publica uma declaração assim? Alguém sem nome, sem cargo, anônima. Pode ser um Fake, uma notícia plantada, um intriga e também uma fofoca. Como saberemos? Notícias como essa acabam sendo comuns, e tem o único objetivo de gerar “intrigas” e “falsas crises”.

CAUTELA E CALDO DE GALINHA NÃO FAZEM MAL A NINGUÉM

Pois a política virou uma fofoca só, poderia relatar uma série de fatos para ilustrar isso, mas o certo, é que não podemos nos deixar influenciar por “informações anônimas” Se a pessoa não se apresenta, é porque não quer sustentar o que diz, e se não sustenta, é porque tem grande chance de ser mentira. Não vivemos mais na ditadura, onde a divergência era punida com tortura e morte, hoje podemos manifestar livremente nossa opinião e, portanto, o anonimato é uma “covardia”, que só se justifica em casos extremos.
Temos que redobrar nossos cuidados, pois se você leu as matérias que coloquei no caso Ibsen verá que uma desmente a versão antiga da veja, e a outra desmente a Istoé, sobre a versão da veja. Seguindo a prática de Adam Sun, autor da matéria desmentindo a istoé, falecido em 2008(http://colunistas.ig.com.br/mauriciostycer/2008/09/30/adam-sun-e-a-arte-da-checagem/?doing_wp_cron) chequei quem ele era, e percebi que trabalhou na Veja e na Época, e que não trabalhou na Istoé. Será que isso o faz suspeito para analisar a matéria da Istoé? Será que não teríamos que ter alguém para analisar e checar a matéria do Abam Sun? E outra pessoa para analisar e checar a matéria de que analisou e checou a dele? Onde pararíamos se fosse assim?
Neste momento acompanhamos as notícias sobre a blogueira cubana Yoani Sánchez. É uma guerra de versões, defesas e acusações, multiplicadas por toda a rede, vale a pena acompanhar.
Por tudo isso, precisamos tomar mais cuidado quando emitimos uma opinião, ou fazemos juízo de alguém, pois se a fonte não for de confiança e se não tomarmos o cuidado de pensar bem sobre o assunto e ouvir mais, poderemos cometer injustiças e machucar as pessoas.

"O fato de uma opinião ser amplamente compartilhada não é nenhuma evidência de que não seja completamente absurda; de fato, tendo-se em vista a maioria da humanidade, é mais provável que uma opinião difundida seja tola do que sensata." 
( Bertrand Russell )

domingo, 6 de janeiro de 2013

Minha Filha quer ser Professora! Devo comemorar?


Essa, sem dúvida, foi uma professora muito marcante para a Renata, A Professora Dani, da 2ª série.

Minha filha caçula, Renata, decidiu que quer ser professora, ela está no terceiro ano do ensino médio e já terá que escolher o caminho profissional e optou pelo magistério. Desde muito pequena já manifestava essa vontade, e conforme foi crescendo ela foi, por muitas vezes, colocada a prova, durante sua vida escolar, tendo bons e maus professores, vendo a importância dada a eles, as dificuldades, e principalmente o desrespeito que sofrem diariamente por parte de seus alunos.

Eu e a Márcia sempre a incentivamos, Quem me conhece sabe que sou admirador dos professores e defensor incondicional da Educação, eu mesmo já pensei e penso ainda em ser professor, e a Márcia tinha a vontade de ser professora primária, temos tias, primas e muitos amigos professores, porém deixamos ela decidir. Em alguns períodos ela quase desistiu, cogitou fazer Serviço Social, mas resolveu seguir sua vontade inicial.

A Professora Lu, da 4ª série, talvez tenha sido uma inspiração para seu gosto pela profissão pois, foi sempre muito afetuosa e carinhosa com os alunos, uma referência para a Renata

Muitas vezes vi a vontade em ser professor sufocada, por pais preocupados com as dificuldades da profissão, principalmente os baixos salários, e ao invés de ensinar seus filhos a valorizar e respeitar “os mestres” acabam por depreciá-los, e de forma inconsciente, colocando-os em uma situação de inferioridade em relação a outras profissões. Saibam que não há profissão mais importante do que a de professor! Existem profissões de igual magnitude, porém nenhuma maior.

Quando depreciamos a profissão por causa do salário, geramos o problema, pois passamos um recado para nossos filhos de que o mais importante é o quanto se ganha e não o que se faz. Por isso, principalmente nas escolas privadas ouvimos coisas do tipo “eu to pagando!” Além do mais, se o professor é depreciado, perde o respeito e a autoridade perante o aluno, aí, além de enfrentar os baixos salários, e todas as dificuldades, sofrem toda a ordem de agressões e desrespeitos, e neste caso acaba mesmo não valendo a pena ser professor.

Com a professora Jeane, de Matemática e regente da 6ª série, o gosto pela gincana da escola começou a mudar, o 5º lugar   foi comemorado como uma vitória.





Sempre educamos a Renata incentivando o respeito e admiração a seus professores, e ela correspondeu, pois sempre manteve uma boa relação com seus “mestres”, durante sua trajetória escolar, sempre recebemos muitos elogios por sua conduta. Desta forma ela estabeleceu uma relação saudável com seus professores a ponto de querer ser um deles.

Já estamos tomando as providências para que a Renata consiga realizar seu desejo, e nós aqui estaremos a apoiando e incentivando.

Aos pais, que consideram importante a educação de seus filhos, faço um apelo: Se não podem determinar uma melhor remuneração aos professores, se não conseguem fazer com que os governos valorizem mais a educação, pelo menos ensinem seus filhos a respeitar os professores, falem sobre a nobre arte de ensinar, sobre o ser humano que está por trás de quem cobra o tema e aplica provas, mostre que aquela pessoa também tem família, sonhos, projetos e necessidades, e que sua escolha profissional foi ajudar o seu filho e todos os seus colegas a alcançarem seus sonhos e, portanto, é um amigo, um aliado, alguém especial, que merece todo o nosso respeito e consideração.

Com o Professor Jaime, de Geografia e regente da 7ª série, veio a inesquecível vitória na Gincana da escola


Devo comemorar a escolha de minha filha? SIM! Devo comemorar! E mais do que isso, me sinto honrado, realizado e orgulhoso por isso, pois é sinal de que soubemos transmitir a ela, o que realmente é importante nesta vida.

Parabéns minha amada filha! Espero que possa realizar teu desejo e se transforme em uma excelente professora! Sempre terá todo o meu apoio!

Com o Professor Cesar (com o violão), de História, regente da 5ª série e coordenador do PJE, foi incentivada a participação social, ao engajamento, motivada a desenvolver sua liderança
Aqui com a Professora Claudete, de Português, na formatura da 8ª série, mais uma dentre os queridos mestres.
Com certeza teríamos muitos nomes a acrescentar a esta lista, que necessitaria de uma busca mais detalhada por fotos, e uma consulta a Renata (fiz esse post com meus poucos conhecimentos de pai, sem consultar a Renata) que, com certeza, acrescentaria uma série de nomes a esta lista, pessoas que ela admira e respeita, e foram importantes para esta escolha e que mereceriam estar aqui.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Abaixo a Ditadura do Diploma!


        Recentemente os vereadores de Porto Alegre, entenderam pela obrigatoriedade do curso superior para ocupantes dos cargos de chefe de gabinete e coordenadores de bancadas. Tal postura segue uma tendência de supervalorização do diploma do curso superior e poucas pessoas se insurgem contra, por temer serem acusadas de não defenderem a capacitação e o estudo.

          Não é o meu caso. Incentivei e incentivo minhas filhas a terem um curso superior e eu mesmo pretendo tê-lo um dia, e toda a especialização que for necessária para desempenhar, bem, aquilo que escolher exercer, porém não consigo aceitar a imposição descabida do diploma, como se ele determinasse a capacidade, ou não, de uma pessoa para algumas funções.

          O curso superior é importante e fundamental para o exercício de determinadas profissões, pois possibilita que ela possa estar apta a exercer atividades bem específicas e especializadas, como por exemplo, medicina e engenharia, porém, não preciso de diploma de nível superior para ser motorista, pedreiro, carpinteiro, a minha profissão de fotógrafo, e uma infinidade de outras profissões, assim como para ser político não precisa, como para ser empresário e principalmente para ser líder.

          Exigir diploma, em muitos casos, é apenas quererem nos vender aquilo que não precisamos, e impor uma limitação injusta, pois se não vejamos, pegando o caso específico da câmara de vereadores: De um lado eu tenho uma liderança nata, uma pessoa que atua politicamente desde a juventude, entende tudo de política, e por exercer uma função profissional, que não exija curso superior, fica impedida de exercer uma função política.

          Aqui cabe um parêntese. A política, geralmente é algo paralelo a nossa profissão e que pode, ou não, se transformar em uma profissão, não obrigatoriamente. A pessoa pode ser cabeleireiro, empregada doméstica, carpinteiro, motorista e, por necessidade, motivação e vontade, se tornar um líder de sua categoria, uma referência, aprender, no dia a dia, a aglutinar, convencer, liderar.

          Pois é, temos o exemplo do nosso ex-presidente Lula, que foi um dos mais importantes presidentes de nossa história, porém antes teve de superar diversos preconceitos, entre eles o de não ter diploma de nível superior, pois essa pessoa, que entende quase tudo da arte política, pode ser até presidente da república, mas não pode ser chefe de gabinete de um vereador, mesmo que para o exercício da função esteja altamente capacitado. Porém, uma pessoa, que nunca fez política, mas tem um diploma de curso superior (Qualquer diploma, de engenheiro, agrônomo, ciências aeronáuticas, farmácia, hotelaria, não importa), mesmo que para o exercício desta função ele não tenha nenhuma especialização e nenhuma experiência, e sim o simples fato de possuir o diploma, pode ocupar um cargo de relevância política mesmo que não tenha habilidade para tal.

          Isso tudo quer dizer que, quem tiver diploma superior não pode ser político? Não! Isso quer dizer que o médico, o engenheiro, o fisioterapeuta, assim como o pedreiro, a doméstica, o motorista podem ser políticos, porém, algumas pessoas querem limitar o acesso de alguns grupos às funções importantes, querem impor barreiras, para que pessoas simples, das mais diversas origens, como operários de toda a ordem, camponeses, donas de casa, profissionais autônomos, não se envolvam com política, que não possam alcançar os melhores salários e assim acenderem politicamente.

          Querem, os autores de regras como essa, que líderes comunitários, camponeses, operários, sirvam apenas como massas de manobra, e não possam galgar funções políticas de relevância, que lhes proporcionem melhores remunerações e crescimento.

          Desculpem a franqueza, mas conheci muita gente que não possui curso superior e é extremamente competente e capacitada para o exercício de suas funções, já vi muito mestre de obras dar show em engenheiro, e na política, especificamente, a melhor faculdade é a da vida. Alguém vai querer me convencer que uma pessoa que consegue reunir uma multidão em uma comunidade de periferia, que lidera uma categoria profissional, não consegue coordenar um gabinete com meia dúzia de assessores?

          Em nosso país alguém pode ser semialfabetizado, abrir um negócio, ser habilidoso, prosperar, construir um império, ficar milionário, ser respeitado internacionalmente, mas se for convidado para ser chefe de gabinete na câmara de vereadores de Porto Alegre, será considerado inapto.

          Não param de proliferar cursos superiores, presenciais ou à distância, virou um grande negócio, muitos deles colocando no mercado pessoas com “pouca capacitação”, mas com diplomas, enquanto faltam técnicos, profissionais e principalmente líderes. Despejam pessoas com diploma nas ruas, sem emprego, e a forma de continuar vendendo diplomas, muitas vezes inúteis, é criarem mais espaços onde o que precise seja o diploma e não a capacidade.

          Abaixo a Ditadura do Diploma!

VOLTEI!


          Olá Amigos! Voltei!
      
      Após um período afastado do Blog, refletindo sobre o caminho a seguir, avaliando os resultados da eleição, estou de volta. Este blog é importante para mim, e embora de tempo em tempo eu deixe de publicar postagens aqui, não quer dizer que tenha abrido mão dele, e muito menos que tenha deixado de produzir algum texto ou reflexão, ocorre que, dependendo do que estou fazendo, preciso pensar muito no que vou publicar, pois, infelizmente ou felizmente, não somos totalmente livres e temos que refletir sobre a utilização da internet. 

          Nossos compromissos profissionais nos impõem certos limites, e a sociedade também. Quando era diretor executivo da Fundação Thiago Gonzaga eu não podia fazer declarações bombásticas e muitas vezes expressar minha própria opinião, pois corria o risco de ter minha opinião confundida com a da instituição, e é assim, quando estive no gabinete da Deputada Juliana Brizola, na Seinfra, e também agora que estou trabalhando na assessoria do Deputado Beto Albuquerque, tenho que dosar minhas opiniões, sem renunciar a elas, mas evitando constrangimentos.

          Sou uma pessoa de opinião, sou crítico, e procuro pesar isso, pois não trabalharia em um lugar, ou com uma pessoa, que não respeitasse minha opinião e me proibisse de manifestá-la, por outro lado, devo saber quando essas opiniões podem ser públicas e quando devem ser reservadas, pois, precisamos também pensar coletivamente, enxergar o outro, valorizar as instituições e evitar que o individual prejudique o coletivo.

        Pois é, voltei! Estou aqui, com uma porção de coisas para dizer, cheio de ideias, sonhos e opiniões. Dentro de pouco mais de um ano teremos Copa, eleições presidenciais e uma série de acontecimentos importantes e pretendo estar aqui, percorrendo meu caminho e dividindo com vocês algumas impressões.

                         Feliz 2013 para todos!

Você nunca deve desistir de suas idéias

Conta a lenda que um príncipe ia ser coroado Imperador, mas, de acordo com a lei, ele deveria se casar. Sabendo disso, o rapaz lançou uma disputa entre todas as moças do reino. Anunciou o seguinte desafio para um grupo de jovens que havia se apresentado:
- Darei, para cada uma de vocês, uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, trouxer a mais bela flor será minha esposa.
O tempo passou e uma das jovens, a mais humilde delas, apesar de não ter tanta habilidade nas artes da jardinagem, cuidava da sua sementinha com muita paciência e ternura, pois sabia que, se a beleza da flor surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisaria ficar preocupada com o resultado.
Passaram-se três meses e nada germinou.
Passaram-se os seis meses e ela nada havia cultivado.
A flor não brotou. Porém, consciente do seu esforço e dedicação, compareceu ao palácio na data e hora combinadas.
Lá estava a jovem, com seu vaso de flores vazio, junto a todas as outras pretendentes, cada qual com uma flor mais bela que a outra.
O príncipe observou cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção e anunciou que a jovem que trazia o vaso vazio era a escolhida. Era ela sua futura esposa. Ninguém compreendeu por que ele havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado! Então, calmamente, ele esclareceu:
- Esta foi a única que cultivou a flor que a fez digna de se tornar uma Imperatriz, a flor da honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.

Você nunca deve desistir de suas idéias.

Acredite nelas e trabalhe.
Extraído de “O que podemos aprender com os Gansos” de Alexandre Rangel

sábado, 13 de outubro de 2012

"SE EU NÃO SERVIR DE EXEMPLO, QUE EU SIRVA DE LIÇÃO"



Depois de três meses de campanha, devo confessar, sem hipocrisia e cinismo, que estou cansado da ignorância das pessoas, e não falo das pessoas com pouco esclarecimento e sim daquelas, que possuem discernimento para uma série de coisas e são totalmente alienadas politicamente.

Quanta gente inteligente, diz que anda muito ocupada para falar de política, que precisa trabalhar e estudar e que a vida está corrida e que precisa cuidar da sua vida, pois afinal: “Se eu não cuidar de mim, quem vai cuidar?” Pois é, e eu pergunto: Se todo mundo cuidar só de si, quem cuida de nós e do que é nosso?

Se as pessoas parassem por algumas horinhas, ou uns minutos, pois para muitos não precisa mais do que minutos, para refletir, veriam que vivemos em uma sociedade onde trabalhamos que nem condenados, para ganhar um salário que mal dá para pagar as contas, nos afastamos da família, dos prazeres da vida e sequer temos tempo para pensar que tudo isso acontece por causa de nossa alienação política.

Sim, pois é a nossa alienação política que gera os problemas sociais que temos e que faz com que não consigamos viver com o mínimo de dignidade.

Pesquisas mostram que as famílias brasileiras comprometem boa parte de seus vencimentos com saúde e educação. Opa! Espera aí! Como assim? Pois é, gastamos o dinheiro que suamos para ganhar pagando escola particular para nossos filhos, porque a escola pública está sucateada, pagamos planos de saúde caríssimos, porque a saúde pública não nos atende como necessitamos, e gastamos com vigilância privada, cercas, circuito fechado, porque não temos segurança.

Então veja: Trabalhamos um monte para pagar aquilo que teríamos de receber de graça, pois já pagamos por isso, recolhendo imposto.

Você já imaginou quanto economizaria por mês se não necessitássemos pagar por plano de saúde, escola privada e segurança?

Pois então fica Assim: Trabalhamos muito - Parte do que produzimos é recolhido em impostos para o governo utilizar em serviços como saúde, segurança e educação pública - Políticos, eleitos por nós mesmos, que estamos muito ocupados, administram mal o dinheiro dos impostos e o patrimônio público, que é de todos nós - Ai nós, que estamos muito ocupados, temos que usar boa parte do que sobrou do dinheiro gerado pelo nosso trabalho, para pagar por aquilo, que já pagamos, e que não recebemos, por causa dos políticos ruins, eleitos por nós, que estamos muito ocupados, trabalhando mais e mais, para poder pagar duas vezes por aquilo que não temos – Enquanto isso, os políticos que administram mal aquilo que é nosso, continuam administrando mal, porque nós estamos muito ocupados para fiscalizar aquilo que eles estão fazendo, e como não fiscalizamos, quando temos que escolher os políticos para administrar aquilo que é nosso, estamos muito ocupados para escolher, e cansados de tanto trabalhar que acabamos deixando eles lá mesmo, pois estamos muito ocupados para encontrar outro para botar no lugar deles – Enquanto isso eles continuam lá, fazendo nós estarmos muito ocupados, cuidando de nossas próprias vidas e do pagamento das nossas contas, para dar dinheiro para eles ficarem cuidando mal daquilo que é nosso, enquanto nós estamos muito ocupados trabalhando para eles.

E ainda tem gente se achando inteligente e batendo no peito dizendo que não gosta de política. Ingênuos!

Observação: Esse artigo foi escrito no dia 28 de Setembro de 2012, dias antes das eleições. ele, como outros, faz parte de alguns textos que deixei de publicar, porém não gostaria de perder a reflexão nele contida, por isso resolvi publica-lo antes do Epílogo, texto final que encerrar os registros sobre a minha candidatura a vereador de Porto Alegre.   

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

VALIDE SEU VOTO NULO!




“...Um dia me disseram quem eram os donos da situação, sem querer eles me deram as chaves que abrem essa prisão...”

Queria me dirigir àquelas pessoas que, na hora de votar, optam pelo voto nulo.  Durante a campanha escuto muitos relatos da decepção e vejo manifestações pelo voto nulo nas redes sociais.

Infelizmente, muitas pessoas se decepcionaram com a política e como forma de protestar, e demonstrar seu descontentamento, votam nulo, branco ou escolhem um candidato bizarro.

Pena que essa forma de protesto só favoreça os espertalhões da política, pois votando nulo e branco, o quociente eleitoral fica mais baixo (Esses votos não contam para o cálculo do quociente), e facilita a conquista de uma vaga. Votando em um candidato bizarro, elegem outros na carona, por isso, alguns partidos incentivam essas candidaturas para alavancar a votação da legenda.

Assim, acaba que na intenção de protestar, o eleitor favorece àqueles a quem eles querem atingir, que são os maus políticos, os corruptos e os mentirosos. O pior de tudo isso é que, muitas dessas pessoas, teriam capacidade para escolher um bom candidato e aí sim protestarem, substituindo os maus políticos, por políticos melhores do que eles. Não existe melhor castigo do que derrotar os corruptos e mentirosos nas urnas. Submetê-los a assistir a vitória de um candidato melhor é o maior protesto.

Valide seu voto nulo! Proteste varrendo os maus políticos do poder! 



... Quem ocupa o trono tem culpa, Quem oculta o crime também, Quem duvida da vida tem culpa, Quem evita a dúvida também tem... 

(Trecho de “Somos quem podemos ser” dos Engenheiros do Hawaii)

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Propaganda irregular desequilibra o processo eleitoral


Como candidato, sinto-me constrangido em criticar outro candidato, pois parece que estou querendo utilizar de um expediente para tentar me favorecer, desqualificando o outro. Minha história demonstra que não penso assim e que jamais seria leviano com um companheiro, adversário ou oponente. Entendo que as disputas sempre têm de ser no campo das ideias; essa é a grande riqueza da democracia. Porém,  quem me conhece sabe que não sou omisso e não me acovardo diante de forças que possam, à primeira vista, parecerem maiores e mais fortes do que eu.

Nossa cidade está repleta de propaganda irregular, que ferem a legislação vigente e que acabam por favorecer um candidato em relação ao outro. Optei por fazer uma campanha limpa, sem sujar a cidade e, principalmente, respeitando o que diz a legislação a respeito, e tenho transmitido isso a meus apoiadores. Entretanto, tenho sofrido muitas pressões e, por isso, resolvi publicar este post para esclarecer minha posição e dividir mais uma experiência de campanha.

Um apoiador me procurou, muito feliz por sinal, dizendo que havia conseguido autorização para colocar faixas e pintar o muro de uma lavagem de carros em uma avenida movimentada da Cidade. Ele estava radiante com a conquista e ficou revoltado com minha resposta. Disse-lhe:  “Tchê! Não podemos colocar placas e nenhum material em estabelecimentos comerciais de nenhuma espécie; todos os cursos e palestras dos quais participei reforçavam bem isso. Não se pode colocar em nenhum local que dependa de autorização pública para funcionar. Não podem igrejas, cinemas, lojas, clubes, centros comerciais etc. 

“Mas está cheio de propaganda nestes lugares”, retrucou ele. “Sim”, respondi, “mas não é porque os outros estão fazendo que devemos fazer. Demonstramos como será nossa postura já agora, conforme nossa conduta na campanha”.

Imaginem a frustração dele?! Pois é! Acontece que, dias depois, mais precisamente essa semana, ele me mostra a placa que está na foto abaixo, colocada estrategicamente na Esquina Democrática, na parede de uma academia, completamente irregular, pela qual emendou: “Viu? Tá todo mundo fazendo, e esse cara é vereador, foi secretário e sabe das coisas. Acho que tu tá errado, está marcando bobeira e vai se dar mal por isso.”

Sabe que até fiquei em dúvida, então resolvi ler novamente a legislação e liguei para o Ministério Público, que confirmou a regra e me disse que essa propaganda realmente está irregular, sem sombra nenhuma de dúvida. E foi por isso que resolvi escrever esse post.


Propaganda irregular colocada na fachada de uma estabelecimento comercial na Esquina Democrática. 
O nome do estabelecimento e do candidato estão ocultos, pois não trata-se de uma questão pessoal, e sim, um símbolo dos diversos expedientes utilizados para burlar a legislação.
Realmente, quando um candidato burla a legislação, ele acaba se favorecendo, como o candidato desta placa e tantos outros que pintam os muros sem autorização, que colocam placas e material em locais proibidos. Eles acabam favorecidos pela visibilidade que conquistam, e as pessoas olham e dizem: “Pô, aquele cara está forte! Vai ganhar!”. Aqueles que optam for fazer o correto ficam escondidos e passam a impressão de que são fracos, que não têm chances!


Mal sabem as pessoas que essa visibilidade está sendo conseguida de forma desonesta, pois burla a legislação e desequilibra a disputa. É como um time que entra em campo com alguns jogadores a mais e, enquanto o juiz não percebe isso, ele vai tirando vantagem no jogo.

É esse tipo de político que você quer ver cuidando da sua cidade? É esse tipo de político que você quer ver fazendo leis para você cumprir, leis que eles mesmos descumprem?

Reflita sobre isso!

Creio que serei eleito vereador de Porto Alegre, porque tenho uma história e companheiros leais e aguerridos que estão ao meu lado. Temos debatido diariamente sobre a forma de fazer política. Não sou um candidato despolitizado, que caiu de paraquedas no processo eleitoral. Conheço esse jogo e suas artimanhas e repudio essa prática.

Ocultei o nome do candidato, pois não é uma questão pessoal. Nada tenho contra ele, a não ser o fato de querer, de forma “irregular e espertinha”, ter uma vantagem em relação aos outros. Acho que os vereadores que são candidatos à reeleição já estão bastante favorecidos no processo eleitoral - têm salários, gabinetes e estrutura de campanha pagas com nosso dinheiro, não precisam destes expedientes para levar mais vantagens.


A luta, aguerridos companheiros! Avante 300! 


Propaganda de qualquer natureza, inclusive pichação, inscrição a tinta, fixação de placas, estandartes, faixas e assemelhados em bens de uso comum (postes de iluminação pública e sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros equipamentos urbanos; cinemas, clubes, lojas, centros comerciais, templos, ginásios, estádios, ainda que de propriedade privada; árvores e jardins localizados em áreas públicas, bem como em muros, cercas e tapumes divisórios) não são permitidos.

Se souber de alguma irregularidade nas eleições, o que devo fazer?

Entre em contato com a Procuradoria Regional Eleitoral
Fone:  (51) 3216 2172  Fax: (51) 3286 3101 Site, link Denuncie