quinta-feira, 16 de maio de 2013

Legalizar as Drogas! Por que mesmo? Para que?

A Carta Capital desta semana traz, como matéria de capa, a defesa da legalização das drogas. Sob o Titulo: LEGALIZEM AS DROGAS! Seria o fim do tráfico e da violência e corrupção a ele associadas, a matéria, assinada por Willian Vieira me fez escrever este post.
Debato esse assunto há muito tempo, tudo porque, ainda adolescente, fiz a opção de não utilizar drogas, e de sequer prová-las, até por que, aquele “inocente” conselho, “Prova, só uma vez, se não provar, não vai saber como é!” é para muitos o sinal para o ingresso em um caminho sem volta, que destrói  muitas vidas, e abre feridas incuráveis em milhões de famílias.
Muitos me perguntam por que nunca provei, e as teses sempre foram muitas, desde que eu tinha medo dos meus pais, passando por ser evangélico e tantas outras versões mirabolantes, pois custava, e custa até hoje, as pessoas entenderem que simplesmente não provei porque não quis.
Não sou evangélico (não que isso seja um problema), fui criado solto, andando para tudo que é lado, com as mais diversas pessoas, tanto da minha idade, quanto mais velhas, fui líder estudantil, sou militante de esquerda, e sempre convivi com muitos usuários, andei por tudo, me diverti, curti a vida, viajei, me envolvi em muitas coisas na vida, que quando paro para contar minhas histórias pareço o Forrest Gump. Porém, sempre me perguntei: O que ganho com isso? Nunca encontrei uma resposta convincente que me fizesse achar que qualquer droga poderia me trazer algum benefício ou prazer que não pudesse encontrar em outras coisas melhores e mais legais de fazer, e esse sempre foi o motivo.
Nunca defendi a legalização das drogas, a descriminalização da maconha e qualquer outra tentativa desta natureza, e essa matéria da Carta Capital, só me convenceu ainda mais disto, pois, como sempre, os argumentos em defesa, são muito fracos para o meu jeito lógico de ser. Pois, quem me conhece, e convive comigo, sabe que sempre aplico uma lógica, a minha lógica, ou a lógica que minha mente alcança, e por ela filtro minhas opiniões e posicionamentos, foi assim, de forma simplificada e lógica, que respondi a pergunta que me fazia sempre que alguém tentava me apresentar, convencer e oferecer drogas.


Como a matéria é longa, e o assunto complexo, e eu sou prolixo, vou tentar compartimentar e objetivar o melhor possível o meu ponto de vista.

LEGALIZANDO AS DROGAS VAI DIMINUIR O TRÁFICO E COM ELE A VIOLÊNCIA
Esse é um dos principais argumentos, inclusive consta como subtítulo da chamada de capa da matéria. Pois é, o cigarro é legal no Brasil e estudos mostram que o “contrabando” que não deixa de ser uma espécie de tráfico, é imenso e alimenta uma indústria, não menos violenta e com diversas ramificações, que corrompem servidores públicos e etc.
Qual a mágica para acabar com a violência? Não vão ter mais traficantes? Os traficantes vão pegar uma carteira de trabalho e vão arranjar um emprego, já que a maconha vai ser vendida nos bares, danceterias e bancas de revista, ali, ao lado das carteiras de cigarro?
A quem querem enganar? O criminoso arranja outro crime para cometer, assalta banco, explora outro tipo de contravenção.
Vão legalizar também o Crack, a cocaína, heroína? Sim, pois se o objetivo é acabar com o tráfico, tem que liberar tudo, pois se liberarem a maconha, o traficante vai continuar vendendo o resto, e a violência vai continuar, se não compensar vender maconha, vende outra coisa, pois não esqueçam que o traficante é um comerciante, o seu objetivo é lucro, é ganhar dinheiro, não faz isso por caridade. O que faz um comerciante quando tem um produto que não vende? Arranja outro que venda! Todos sabem que a maconha não é a única droga fornecida, acho que inclusive nem é a mais vendida, nem a mais lucrativa.
A matéria fala dos cartéis e do poderio dos traficantes, porém sabemos que o negócio deles é vender Coca, e não o refrigerante, a maconha nem é prioridade, é apenas mais um produto nesta cadeia, pois a folha de coca proporciona mais variações e é bem mais lucrativa.
Os manipuladores da opinião pública e principalmente dos jovens, que são os “inocentes úteis”, que fazem passeatas pela legalização, ficam mostrando os “farrapos humanos” das “cracolândias” da vida, dizendo: Olhem! Vejam! Se liberar a maconha, isso não vai mais acontecer! Como assim? Qualquer criança sabe que a maconha é apenas um tipo de droga, as vezes até serve de porta de entrada para outras drogas como Crack, Cocaína, Heroína, e essas sim, acabam de vez com as pessoas, é um caminho com pouquíssimas e complexas chances de recuperação, e não vejo como liberação da maconha reduzirá essa realidade, ainda mais se legalizada, pois passa a ser aceita como inofensiva, e vai continuar sendo a porta de entrada para as outras drogas, assim como a bebida alcoólica também se presta a esse papel.

A matéria confirma ser o tráfico, o "negócio mais lucrativo do mundo", mesmo assim acham que tudo se resolve com uma simples mudança na legislação e que de uma hora para outra o tráfico acabará através de decreto.

LEGALIZANDO AS DROGAS, O GOVERNO VAI ARRECADAR IMPOSTOS E INVESTIR NA SAÚDE E OS VICIADOS TERÃO MELHOR ATENDIMENTO.
Essa é um dos argumentos que me deixa mais revoltado, pois no Brasil, duas drogas lícitas, como o cigarro e a bebida alcoólica são os produtos que tem maior alíquota de impostos e arrecadam bilhões, no entanto, os estudos comprovam que os danos causados pelo uso destas substâncias consomem mais dinheiro do que a arrecadação em impostos. Quem não conhece um alcoólatra que tem sua vida destruída e não consegue atendimento de saúde, ou um fumante com doenças esperando por atendimento e tratamento no SUS? Qual o milagre?
Essa de utilizar de um problema, como o da saúde pública, para nos convencer a aceitar algo, é muito velho, e já está batida, vira e mexe vem alguém: Vote em mim que resolvo o problemas da saúde! Vamos criar um imposto que vai resolver o problema da saúde! Compre isso que vai resolver o problema da saúde! Agora querem dizer: Comprem e fumem maconha que o governo vai ganhar o dinheiro dos impostos para resolver o problema de saúde e dar tratamento digno para quem é viciado.
Opa! Como assim? Vão utilizar o dinheiro dos impostos para tratar os viciados? Hum... Mas se curarem os viciados, quem vai comprar maconha? E se as pessoas não comprarem maconha não vai ter o dinheiro dos impostos, e se não tiver o dinheiro dos impostos, a saúde não vai melhorar.
Na verdade a maconha será apenas mais uma na lista das drogas lícitas a gerarem problemas, assim como já geram, pois o fato de ser não liberada não impede das pessoas usarem.

A INDÚSTRIA DO TABACO SERÁ A MAIOR BENEFICIADA COM A LEGALIZAÇÃO DA MACONHA
Dia destes escutava um debate sobre a legalização e um detalhe, no depoimento do Dr. Sérgio de Paula Ramos, me chamou a atenção: Que a indústria do tabaco é a maior interessada na legalização da maconha! Essa afirmação fez cair a ficha. Claro! As empresas de cigarro estão com tudo pronto, o equipamento, a estrutura, a experiência, a rede de distribuição, tudo. Legalizado o consumo ela está pronta para colocar cigarros de maconha nos milhares de postos de venda espalhados por todo o país em pouquíssimo tempo, lucrando muito mais do que lucra agora.
Certa vez li um comentário que fazia a seguinte pergunta: Que empresário não gostaria de comercializar um produto que cria dependência nas pessoas? Fiquei com essa pergunta na cabeça e refleti muito sobre ela. Comecei a olhar a minha volta e ver o comportamento das pessoas em relação à bebida alcoólica, ao cigarro e os mais leves, mas não menos viciantes, chocolate e coca-cola.
A conclusão que cheguei é que, comercialmente, não há nada mais certo do que vender um produto que torna as pessoas dependentes. Pensei nas pessoas que deixam de comer para comprar um cigarro ou uma bebida, que juntam baganas do chão para fumar, que cometem pequenos golpes para poder saciar a vontade de beber, e tantas outras situações vividas por aqueles que um dia provaram um desses produtos e nunca mais deixaram de consumi-los. A maconha vai ser apenas mais um destes produtos, que enriquecerá algum empresário, ou grupo, às custas da dependência de uma parcela considerável de nossa população. 
Sinceramente, acho que não precisamos disto.
 
O mundo reconhece que não consegue conter o poder do narcotráfico. "Até os Estados Unidos parecem disposto a abandonar a política da "guerra às drogas", diz a matéria.
Quer dizer que nem o poderio Americano vence a força do tráfico mas, com a mudança de legislação vão conseguir acabar com os traficantes?

O CAPITALISMO É UM SISTEMA PERVERSO QUE CORROMPE A ÍNDOLE DAS PESSOAS
No meu entendimento, e fique claro, no MEU ponto de vista, a matéria da Carta Capital não disse a que veio, não consegue sobreviver a mínimos questionamentos, e se o objetivo era fortalecer o movimento pró legalização das drogas, ela não trouxe nada de novo ou convincente que pudesse acrescentar à discussão.
Lendo a matéria, que parece ter sido feita por encomenda, mais me convenço de que o sistema Capitalista é o cupim da dignidade humana, pois, no fundo da discussão, está a vontade de colocar a mão nos bilhões de “narcodólares”, os caras não estão preocupados com a saúde dos usuários de drogas, ou se jovens, de todas as classes sociais, tem suas vidas abreviadas pelo seu uso, eles querem saber quem botará a mão nos bilhões de dólares oriundos da sua comercialização. Reflitam! As drogas continuarão gerando riquezas, a sua legalização apenas fará o dinheiro trocar de mãos, sairá dos traficantes, para governos e empresários, não muito mais honestos, espalhados pelo mundo, pois esse é o mal do sistema capitalista.
O sistema capitalista, impulsionado pela ganância humana, residente em todas as almas, produz pessoas que adulteram o leite, fraudam a saúde pública, roubam a merenda escolar das crianças, exploram e humilham as pessoas, se aproveitam da fé e em nome de Deus roubam seus fiéis, enfim, cometem toda a ordem de desonestidades, tudo com o objetivo de obter lucro e usufruir dos prazeres que o dinheiro proporciona, os traficantes são apenas mais uma variação desta espécie, e eles obtém lucro, vendendo algo da qual as pessoas são dependentes e tem dificuldade de se livrar, utilizando-se de outros gananciosos e todo o tipo de corruptos.

“Os narcóticos não garantem apenas o enriquecimento dos criminosos envolvidos diretamente no negócio. Após as recentes crises financeiras internacionais, vários bancos superaram seus problemas de liquidez com os recursos do tráfico...”

TUBARÕES CAPITALISTAS, DEFENSORES DA LIVRE COMERCIALIZAÇÃO DAS DROGAS, COLOCAM O OVO DE UM LADO E CACAREJAM DO OUTRO
Uma das formas de manipular a opinião pública é confundir os assuntos, misturar tudo, e se aproveitar da falta de atenção das pessoas. A matéria faz isso se não olharmos com cuidado.
Utilizando-se da vontade, legítima, de jovens e usuários de maconha, que desejam vê-la legalizada, e com isso evitar os constrangimentos e a possibilidade de prisão, os interessados nos lucros da droga, confundem a opinião pública, tentando tratar o assunto como se fosse apenas possibilitar que - Jovens inocentes tenham o direito de consumir seu baseadinho sem serem incomodados pela polícia, pois afinal temos criminosos aí a solta com quem a polícia deve se preocupar e não com nossos filhos queridos, estudiosos e comportados, e as cadeias já estão cheias de marginais e não é justo prender a gurizada por causa de um barato - Olhando assim até que tem razão. Mas será que é só isso? É disso que estamos tratando?
Claro que não! No Brasil, desde 2006 os usuários não são presos, e mesmo antes, quase nunca eram. Cresci presenciando as pessoas fumarem maconha nas praças, ruas e em todo o lugar, livremente. No meu condomínio, o pessoal fuma direto e passamos por eles com a maior naturalidade do mundo. Quantos de vocês, que me leem agora, já fumaram seu “cigarrinho” tranquilamente, sem serem importunados?
O certo é que, usuários, na sua maioria de classe média, querem continuar sendo consideradas “pessoas de bem e honestas”, mesmo que estejam colocando suas vidas em risco, consumindo algo que vicia e pode destruí-los, sem correrem o risco de terem um dedo apontado para si. Pois, se levarmos ao pé da letra, hoje eles são hipócritas, que se consideram bons e honestos, mas burlam e desrespeitam a lei, consumindo algo que é proibido, alimentando a indústria da droga, sustentando traficantes, e financiando as armas que matam milhares de pessoas (as vezes eles mesmo, por causa de dívidas com os traficantes). Com a liberação, os empresários “honestos” produziriam a droga, a industrializariam, venderiam no mercado da esquina, ganhariam seu dinheiro honestamente, o governo arrecadaria seus impostos, as pessoas consumiriam sem serem incomodadas, assim como fazem com a bebida e cigarro, e todos viveriam felizes e com sua consciência em paz. 
Sabe que gostei deste final! Pena que não é bem assim que acontece.
Na verdade, muitos usuários de drogas acabam destruindo suas vidas, cometem pequenos e até grandes delitos para comprarem a droga (e por isso são presos, não pelo consumo), roubam seus familiares, prejudicam suas vidas profissionais e educacionais, e uma parte grande deles acaba morrendo ou vivendo nas ruas, pois a droga é devastadora, e o estado não consegue lhes fornecer ajuda para alcançar a cura de sua doença.
No fundo, assim como fazem com os alcoólatras, pouco interessa que as pessoas se curem, quando muita gente vive do vício delas.

Imagens de impacto, como está que ilustra a matéria, nos vende a falsa impressão, de que  as cadeias estão abarrotadas de "usuários" de drogas que foram parar lá por terem sido flagrados fumando um baseado, e que o estado está aumentando a repressão aos usuários e, portanto, as cadeias vão ficar mais lotadas ainda.
Você acredita nisso?

Um dos argumentos para a legalização, é que na Holanda, país considerado modelo de legalização da maconha, grande parte dos usuários da maconha não se expõem à cocaína e à heroína. A matéria faz referência a isso. Pois é, mas não disseram qual o tamanho do estrago causado por elas, pois, me dizer que: A maior parte dos usuários de maconha, não consomem cocaína, é a mesma coisa que me dizer que a maior parte das pessoas que consome refrigerante, não bebe cerveja. Pois bem, o que isso quer dizer? Que no Brasil não temos alcoólatras, pois o pessoal prefere refri? E na Holanda as pessoas não consomem cocaína e heroína porque podem comprar maconha livremente?
A matéria traz algumas informações como o preço de um quilo de coca pura, que na Colômbia é 1,5 mil dólares, 12 mil a 16 mil no México, perto de 47 mil na Holanda, 57 mil na Itália e até 77 mil no Reino Unido, e a matéria ainda acrescenta: “No varejo, a droga é misturada a outras substâncias e rende muito mais.”. Ôpa! Mas não estávamos falando de maconha? Pois é, a confusão é grande, falam da liberação da maconha, mas apresentam os números da coca. Mas, assim jogados, os números podem gerar várias interpretações, como a de que na Holanda, onde a maconha é liberada, a cocaína dá muito dinheiro.
Sabe que fiquei confuso? E esse post ficou gigante! O certo é que problema é complexo e a matéria, pelo menos para mim, só confirmou o que eu já sabia: 
A droga é um produto que gera bilhões de dólares; 
Existem milhões de interessados em ganhar dinheiro com ela; 
Quando vão tratar do assunto eles misturam tudo e fazem uma confusão na cabeça das pessoas; 
Que quase ninguém está interessado no mal que ela faz, apenas no quanto ela rende; 
Que os usuários, sem perceber que são reféns da droga e que são dominados por ela, são usados para mascarar os interesses comerciais, servindo de fachada para o enriquecimento, daqueles que querem explorar seu vício e sua fraqueza.
Essa é parte de minha reflexão, pois o assunto é tão instigante, que a vontade que tenho é de comentar parágrafo por parágrafo desta matéria, porém a tornaria impossível de ler, pois deste tamanho ela já terá poucos leitores, porém o mais importante é que escrevi o que estava pensando, e tranquilizei a minha consciência que me exigia que eu me manifestasse.

Desculpe queridos amigos, usuários de drogas, mas, do fundo do meu coração, mais do que liberar o consumo, a venda ou a produção de drogas, mais do que descriminalizar, eu prefiro viver a utopia de um mundo SEM DROGAS, prefiro ver as pessoas vivendo e sendo felizes de cara limpa.

Fonte: Revista Carta Capital - Edição nº 748 de 15 de Maio de 2013

sábado, 9 de março de 2013

Trabalhar! Será a melhor escolha?


"Um homem é um sucesso se pula da cama de manhã, vai dormir à noite e, nesse meio tempo, faz o que gosta" (Bob Dylan)

Esta semana minha filha caçula assinou seu primeiro contrato de trabalho, um contrato de estágio, e ontem, dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, foi seu primeiro dia de trabalho. Alguns dirão, lá vem o coruja falando das filhas, mas aqueles que me conhecem sabem que, para mim, todas as coisas tem significado e de tudo tiramos um aprendizado e uma reflexão.

Nossa vida é feita de etapas, e existem momentos que jamais viveremos novamente, por isso, os filhos tenham tanto significado em nossas vidas, nós vivemos em nossos filhos, mesmo após nossa partida, e através deles podemos vivenciar alguns momentos mais de uma vez. Se eu vivenciei o primeiro dia de aula, o primeiro emprego, com minhas filhas tive mais três. Hoje, vendo minha caçula, Renata, vivendo esse momento, viajei no tempo, e além de um começo, é o fim de um ciclo, pois ela é a última a ingressar no mercado de trabalho e, portanto, não provarei deste sentimento novamente.
Quando era guri sonhava com o primeiro emprego, que geralmente era de empacotador de supermercado ou Office boy, o meu foi em uma empresa de cobranças, antes eu já tinha feito uma porção de coisas para conseguir uns trocados para levar um ki-suco para casa, mas nada como ter um salário, por menor que seja, no final do mês. Trabalhar foi sempre uma honra, pessoas de bem trabalhavam desde cedo, e quem chegava aos 18 anos e não trabalhava era chamado de vagal. Hoje é comum encontrarmos jovens de 30 anos que nunca trabalharam, apenas estudam, e estão aguardando para serem chamados em alguns dos diversos concursos públicos que fizeram (este é assunto para outra postagem).

Não resisti em registrar o momento da assinatura de seu primeiro contato
Muitos pais têm dúvida se devem incentivar seus filhos a ingressarem no trabalho cedo, a maioria se preocupa que o trabalho possa prejudicar os estudos, e estudar é prioridade, pois “sem estudo não serão nada na vida”. Diante deste dilema me pergunto: Como ela vai aprender sobre o que gosta, ou não, de fazer, sem trabalhar? É no cotidiano do trabalho que aprendemos a conhecer a nós mesmos, a descobrir o que nos dá prazer em fazer, o que nos encanta, e também o que não gostamos. No trabalho aprendemos o que nos motiva a acordar, ano após ano, e nos dirigirmos para o mesmo lugar, sorridentes e felizes, para fazer aquilo que gostamos. Como saber disto se não trabalharmos? Como saber se é aquilo que queremos fazer? Infelizmente, muitos jovens, pressionados por uma sociedade que lhes exige um diploma, descobrem, tardiamente, que não gostam de fazer aquilo para o que estudaram durante anos. Não é raro encontrarmos pessoas com formação em uma área, trabalhando em uma profissão antagônica daquela para qual foram treinadas, a ponto de não terem, sequer, uma leve semelhança com seus diplomas pendurados na parede ou guardados em uma gaveta.

Certa vez li uma frase que dizia: “Trabalho por Amor, liberdade na ação!” Pois entendo que a nossa segurança, a nossa estabilidade, não é necessariamente trabalhar no serviço público, a estabilidade está em gostar daquilo que fazemos, seja na iniciativa privada ou pública. Quem de nós já não entrou em uma loja e percebeu que aquele (a) vendedor (a) estava exatamente no lugar que deveria estar, que havia nascido para isso, e que transformava o atendimento em algo encantador a ponto de nos fazer adquirir até mais do que fomos procurar? Quem de nós já não foi mal atendido em algum lugar, onde a pessoa que nos atendia, deixava claro que era infeliz exercendo aquele trabalho?

As pessoas esquecerão quão rápido você fez um trabalho, mas sempre lembrarão quão bem você o fez.
(Howard Newton)

Pois é, a Renata só vai descobrir o que ela gosta de fazer, fazendo! Não poderei viver sua vida por ela, não poderei protegê-la dos maus colegas, ou dos patrões ruins, não poderei protegê-la da inveja e das maledicências cotidianas, das puxadas de tapete. Terei de confiar nos valores e na educação que lhe transmiti e torcer para que ela tire, dessa e de outras oportunidades, a melhor lição possível.

Espero que esse seja o começo de uma vida profissional de sucesso, onde ela saiba o valor do trabalho e que ele possa lhe prover o sustento pessoal e da família que construir. Espero que ela faça amigos queridos no trabalho, que se especialize na arte de viver em grupo, de compartilhar, se solidarizar, lutar e conquistar coletivamente. Desejo que ela possa contribuir para o crescimento do país, auxilie os outros a serem felizes e ajude a quem precisar. Espero que ela possa ter, todos os dias, um sorriso no rosto, e contagie quem estiver ao seu redor, não discriminando, respeitando a todos, independente da cor da pele, de preferências sexuais, religiosas e etc, pois trabalhar é tudo isso e muito mais. É ser o instrumento de crescimento, de felicidade e prosperidade, por isso ele deve, SEMPRE, ser realizado com muito Amor e Dedicação.

Por fim, espero que ela tenha boa sorte, que possamos estar entregando uma boa profissional ao mercado, e nos momentos difíceis, lembre sempre do que ensinamos e daquilo que é mais importante.

Fábrica
Nosso dia vai chegar,
Teremos nossa vez.
Não é pedir demais:
Quero justiça,
Quero trabalhar em paz.
Não é muito o que lhe peço -
Eu quero um trabalho honesto
Em vez de escravidão.
Deve haver algum lugar
Onde o mais forte
Não consegue escravizar
Quem não tem chance.
De onde vem a indiferença
Temperada a ferro e fogo?
Quem guarda os portões da fábrica?
O céu já foi azul, mas agora é cinza
O que era verde aqui já não existe mais.
Quem me dera acreditar
Que não acontece nada de tanto brincar com fogo,
Que venha o fogo então.
Esse ar deixou minha vista cansada,
Nada demais.




sexta-feira, 8 de março de 2013

Habemus Candidato



Uma simples observação da evolução das eleições presidências, desde 1989, a primeira após a ditadura, perceberemos que a cada eleição reduzem o número de candidatos com chances de vitória. Em 1989 foram 22 candidatos e o resultado era uma incógnita, a Rede Globo temia a eleição de Brizola e no primeiro turno deu uma ajudadinha para o Lula, a fim de tirar Brizola do segundo turno, tornando mais fácil a vitória de Collor, o candidato fabricado pela Vênus platinada.

A partir de 1994, temos tido uma polarização entre PSDB e PT, duas forças que se revezam no poder desde então. Essa polarização não é por acaso, deve-se ao fato de que constituir um candidato à presidência é um trabalho de muitos anos, e não surgem lideranças novas, com estatura para disputar uma eleição desta natureza, de um dia para o outro. Desde Collor, que foi um projeto da Rede Globo, tivemos a candidatura de Lula por cinco vezes, ou seja, O PT apresentou o mesmo candidato por 20 anos e importou a sucessora de Lula do PDT de Leonel Brizola, o que prova, que com toda a força do PT, não conseguiram criar um sucessor para Lula, “sangue puro”, assim como o PSDB não conseguiu um sucessor para FHC, tendo sido derrotado em três eleições consecutivas, com dois candidatos diferentes e na próxima eleição tentará um terceiro nome, Aécio Neves. Ter um bom candidato a Presidência é um desafio imenso. Tanto que o PMDB, considerado o maior partido Brasileiro não disputa a eleição com candidatura própria desde 1998, após duas tentativas (1989 e 1994) com candidaturas inexpressivas do ponto de vista eleitoral.

Assim, é natural que o PSB, tendo em seus quadros duas lideranças de qualidade (Ciro Gomes e Eduardo Campos), ambos em condições de disputar as eleições, deseje colocar em discussão um desses nomes, no caso o do Presidente do partido e Governador de Pernambuco, reeleito com a maior votação do país, Eduardo Campos.

Ter um bom candidato a presidência da República é um privilégio para poucos, e ter um bom candidato e um partido é melhor ainda, pois algumas vezes o candidato é bom, mas não possui um partido organizado, forte, capaz de dar sustentação política a candidatura. No caso do PSB temos as duas coisas, um bom candidato e um partido em crescimento, com história e excelentes quadros políticos. Ouso dizer que o PSB possui condições de formar uma chapa completa e além do candidato a Presidente, teria, dentro do próprio partido, lideranças com estatura para comporem a chapa como vice, entre elas, Luiza Erundina PSB/SP, Ciro Gomes PSB/CE, Beto Albuquerque PSB/RS, entre outros.

Por isso, acho natural a pretensão de ter candidatura própria a sucessão de Dilma. Isso quer dizer que somos contra o governo Dilma? Quer dizer que o PSB está rompendo com o campo político onde sempre esteve? Não! É como um time, mesmo fazendo parte da mesma equipe, os jogadores que não estão jogando, como titulares, desejam jogar, o que não quer dizer que desejem que o outro se machuque ou tenha um problema grave, nada disso, apenas treinam, se preparam, para que e o técnico opte por colocá-los em campo para jogar no time titular. O PT tem estado no comando, e o PSB está ali, contribuindo para o time, jogando junto, participando, só que deseja ser titular também, se considera capaz de contribuir ainda mais, treinou, se preparou, se organizou e acredita que esteja pronto para assumir o comando e ajudar o país a crescer, porém, mais do que a vontade do jogador, o que define é quem escala a equipe, e no caso do Brasil, quem escala é o povo, que decide quem quer ver comandando a nação, porem, para conseguir a oportunidade é preciso se apresentar para jogar e é isso que o PSB está fazendo. Se o povo decidir dar continuidade ao comando do PT, tudo bem, sua decisão deve ser respeitada, porém o PSB vai trabalhar para que o Povo escolha Eduardo Campos, pois em tempos de escolha de novo papa, cabe adaptar a celebre frase: Habemus Candidato!


terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

ELES ESTÃO DESCONTROLADOS!


Com a popularização da Internet, e a democratização da rede, transformando todos nós em potenciais formadores de opinião, começamos a ter novos fenômenos, verdadeiros personagens da vida moderna. Lembro agora, dois símbolos desta era, a adolescente Isadora Faber que criou o Diário de Classe e possui mais de 500.000 seguidores, e o jovem carioca Rene Silva Santos que possui mais de 47.000 seguidores no twitter e criou o Jornal Voz da Comunidade no complexo do Alemão.
Mas, se por um lado temos personagens de carne e osso, temos outros que não podemos tocar, um deles é o fake ("falso" em inglês), identidades falsas, por vezes utilizando-se de nomes de personalidades ou apenas ocultos por um codinome, que povoam a Internet, e que na maioria das vezes, com algumas exceções, é claro, escondem os “velhos covardes” de sempre.

A VELHA “INDÚSTRIA DO BOATO” GANHA UM IMPORTANTE ALIADO
Em um mundo onde honestidade e honra, são cada vez mais difíceis de encontrar, a Internet trouxe a massificação desses “sentimentos ocultos” dentro de cada um de nós, que acabam ganhando adeptos, seguidores e etc. Desta forma, a velha “indústria de boatos”, ganhou uma importante ferramenta, e transformou muitas “mentiras” em “verdades” e “colocou palavras” na boca de muita gente, por isso é cada vez mais raro encontrarmos informação com credibilidade.
A Política e o show business, sem dúvida, são onde a “fofoca” faz a festa, pois é notícia plantada o tempo todo. Bastou alguém colocar no twitter, facebook, em algum blog, que fulano de tal namora siclano (no caso dos artistas), ou que fulano está com o cargo por um fio (no caso da política) pronto, lá se foi a vida da pessoa pelo ralo, e como cada um que conta um conto, aumenta um ponto, o negócio toma uma dimensão, por muitas vezes desumana.

O TELEFONE SEM FIO DO SÉCULO XXI
Quando era guri brincávamos de “telefone sem fio” que funcionava assim: fazíamos uma fila, a primeira pessoa sussurrava no ouvido do companheiro ao lado, uma frase, aquele que ouviu, transmitia, também ao “pé do ouvido”, o que escutará ao companheiro do lado, e assim sucessivamente até o último, e ele teria de repetir, em voz alta o que escutou. Era muito engraçado ver o resultado, morríamos de rir, pois geralmente era uma frase bem diferente do que o primeiro falou, dependendo da complexidade da frase inicial, o resultado era inimaginável. Hoje a Internet é o nosso telefone sem fio, onde as pessoas reproduzem o que ouviram, ou viram e aí é um “Deus me acuda!”. É um morre gente, ressuscita gente, demite, admite, casa, separa, é Fake dando notícia como “fonte confiável”, é uma doideira total.

A IMPRENSA E SUAS “FONTES CONFIÁVEIS”
A estas alturas, você deve estar se perguntando onde eu quero chegar. Uns já devem estar dizendo: Lá vem o Serginho querendo censurar a Internet, controlar, botar cabresto. Nada disto! Só quero alertar para que, em tempos como agora, redobremos nossa atenção em relação às informações que nos chegam, pois até a imprensa se contamina com isso, e dá muita “barrigada” por levar em consideração “notícias plantadas”.
Para ilustrar uso três casos:
1.  Em 1993 o então Deputado Federal Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) foi cassado, após ter comandado o impeachment de Collor, e o pivô desta cassação foi uma matéria na revista Veja que revelou-se falsa, e que ano depois foi desmascarada. (Confiram: http://www.istoe.com.br/reportagens/11043_A+VERDADE+APARECE  Leiam também http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/um_exemplo_de_antijornalismo Coloquei as duas, pois uma contesta a versão da Veja, e a outra contesta a versão da Istoé, sobre a versão da Veja. Em qual devemos acreditar?)
2.   Durante as eleições saiu uma notícia de que havia um vídeo rodando na Internet, onde a então candidata a Prefeita, Manuela D’ávila, aparecia fumando maconha na universidade, por onde andava as pessoas falavam sobre o assunto, e uns chegaram a dizer que haviam visto o tal de vídeo, pois, revirei a Internet e não encontrei, e ninguém sabia me dizer onde encontrar. Alguém viu o vídeo e pode me indicar? Ou será que esse vídeo nunca existiu e tudo não passou de boato, plantado por seus adversários?
3.  Esta semana na ZH em uma coluna conceituada, ao comentar sobre a RS 010, a colunista publicou o seguinte texto: Beto queria ou o projeto original, ou nada. E se opôs à tentativa do governo de trazer a EBP (Empresa Brasileira de Projetos) para fazer o projeto, o que atrasou quase um ano a discussão. Ele deixou uma herança negativa – diz uma figura influente no Piratini.” Pois é, Figura influente. O que seria uma figura influente neste caso? Um Secretário? Um assessor? Um dirigente? Como alguém pode respeitar uma declaração desta importância, que faz uma acusação desta natureza, sem dar a oportunidade de, nós mesmos, avaliarmos se essa pessoa é realmente “uma figura influente no Piratini”?  Como que um jornal publica uma declaração assim? Alguém sem nome, sem cargo, anônima. Pode ser um Fake, uma notícia plantada, um intriga e também uma fofoca. Como saberemos? Notícias como essa acabam sendo comuns, e tem o único objetivo de gerar “intrigas” e “falsas crises”.

CAUTELA E CALDO DE GALINHA NÃO FAZEM MAL A NINGUÉM

Pois a política virou uma fofoca só, poderia relatar uma série de fatos para ilustrar isso, mas o certo, é que não podemos nos deixar influenciar por “informações anônimas” Se a pessoa não se apresenta, é porque não quer sustentar o que diz, e se não sustenta, é porque tem grande chance de ser mentira. Não vivemos mais na ditadura, onde a divergência era punida com tortura e morte, hoje podemos manifestar livremente nossa opinião e, portanto, o anonimato é uma “covardia”, que só se justifica em casos extremos.
Temos que redobrar nossos cuidados, pois se você leu as matérias que coloquei no caso Ibsen verá que uma desmente a versão antiga da veja, e a outra desmente a Istoé, sobre a versão da veja. Seguindo a prática de Adam Sun, autor da matéria desmentindo a istoé, falecido em 2008(http://colunistas.ig.com.br/mauriciostycer/2008/09/30/adam-sun-e-a-arte-da-checagem/?doing_wp_cron) chequei quem ele era, e percebi que trabalhou na Veja e na Época, e que não trabalhou na Istoé. Será que isso o faz suspeito para analisar a matéria da Istoé? Será que não teríamos que ter alguém para analisar e checar a matéria do Abam Sun? E outra pessoa para analisar e checar a matéria de que analisou e checou a dele? Onde pararíamos se fosse assim?
Neste momento acompanhamos as notícias sobre a blogueira cubana Yoani Sánchez. É uma guerra de versões, defesas e acusações, multiplicadas por toda a rede, vale a pena acompanhar.
Por tudo isso, precisamos tomar mais cuidado quando emitimos uma opinião, ou fazemos juízo de alguém, pois se a fonte não for de confiança e se não tomarmos o cuidado de pensar bem sobre o assunto e ouvir mais, poderemos cometer injustiças e machucar as pessoas.

"O fato de uma opinião ser amplamente compartilhada não é nenhuma evidência de que não seja completamente absurda; de fato, tendo-se em vista a maioria da humanidade, é mais provável que uma opinião difundida seja tola do que sensata." 
( Bertrand Russell )

domingo, 6 de janeiro de 2013

Minha Filha quer ser Professora! Devo comemorar?


Essa, sem dúvida, foi uma professora muito marcante para a Renata, A Professora Dani, da 2ª série.

Minha filha caçula, Renata, decidiu que quer ser professora, ela está no terceiro ano do ensino médio e já terá que escolher o caminho profissional e optou pelo magistério. Desde muito pequena já manifestava essa vontade, e conforme foi crescendo ela foi, por muitas vezes, colocada a prova, durante sua vida escolar, tendo bons e maus professores, vendo a importância dada a eles, as dificuldades, e principalmente o desrespeito que sofrem diariamente por parte de seus alunos.

Eu e a Márcia sempre a incentivamos, Quem me conhece sabe que sou admirador dos professores e defensor incondicional da Educação, eu mesmo já pensei e penso ainda em ser professor, e a Márcia tinha a vontade de ser professora primária, temos tias, primas e muitos amigos professores, porém deixamos ela decidir. Em alguns períodos ela quase desistiu, cogitou fazer Serviço Social, mas resolveu seguir sua vontade inicial.

A Professora Lu, da 4ª série, talvez tenha sido uma inspiração para seu gosto pela profissão pois, foi sempre muito afetuosa e carinhosa com os alunos, uma referência para a Renata

Muitas vezes vi a vontade em ser professor sufocada, por pais preocupados com as dificuldades da profissão, principalmente os baixos salários, e ao invés de ensinar seus filhos a valorizar e respeitar “os mestres” acabam por depreciá-los, e de forma inconsciente, colocando-os em uma situação de inferioridade em relação a outras profissões. Saibam que não há profissão mais importante do que a de professor! Existem profissões de igual magnitude, porém nenhuma maior.

Quando depreciamos a profissão por causa do salário, geramos o problema, pois passamos um recado para nossos filhos de que o mais importante é o quanto se ganha e não o que se faz. Por isso, principalmente nas escolas privadas ouvimos coisas do tipo “eu to pagando!” Além do mais, se o professor é depreciado, perde o respeito e a autoridade perante o aluno, aí, além de enfrentar os baixos salários, e todas as dificuldades, sofrem toda a ordem de agressões e desrespeitos, e neste caso acaba mesmo não valendo a pena ser professor.

Com a professora Jeane, de Matemática e regente da 6ª série, o gosto pela gincana da escola começou a mudar, o 5º lugar   foi comemorado como uma vitória.





Sempre educamos a Renata incentivando o respeito e admiração a seus professores, e ela correspondeu, pois sempre manteve uma boa relação com seus “mestres”, durante sua trajetória escolar, sempre recebemos muitos elogios por sua conduta. Desta forma ela estabeleceu uma relação saudável com seus professores a ponto de querer ser um deles.

Já estamos tomando as providências para que a Renata consiga realizar seu desejo, e nós aqui estaremos a apoiando e incentivando.

Aos pais, que consideram importante a educação de seus filhos, faço um apelo: Se não podem determinar uma melhor remuneração aos professores, se não conseguem fazer com que os governos valorizem mais a educação, pelo menos ensinem seus filhos a respeitar os professores, falem sobre a nobre arte de ensinar, sobre o ser humano que está por trás de quem cobra o tema e aplica provas, mostre que aquela pessoa também tem família, sonhos, projetos e necessidades, e que sua escolha profissional foi ajudar o seu filho e todos os seus colegas a alcançarem seus sonhos e, portanto, é um amigo, um aliado, alguém especial, que merece todo o nosso respeito e consideração.

Com o Professor Jaime, de Geografia e regente da 7ª série, veio a inesquecível vitória na Gincana da escola


Devo comemorar a escolha de minha filha? SIM! Devo comemorar! E mais do que isso, me sinto honrado, realizado e orgulhoso por isso, pois é sinal de que soubemos transmitir a ela, o que realmente é importante nesta vida.

Parabéns minha amada filha! Espero que possa realizar teu desejo e se transforme em uma excelente professora! Sempre terá todo o meu apoio!

Com o Professor Cesar (com o violão), de História, regente da 5ª série e coordenador do PJE, foi incentivada a participação social, ao engajamento, motivada a desenvolver sua liderança
Aqui com a Professora Claudete, de Português, na formatura da 8ª série, mais uma dentre os queridos mestres.
Com certeza teríamos muitos nomes a acrescentar a esta lista, que necessitaria de uma busca mais detalhada por fotos, e uma consulta a Renata (fiz esse post com meus poucos conhecimentos de pai, sem consultar a Renata) que, com certeza, acrescentaria uma série de nomes a esta lista, pessoas que ela admira e respeita, e foram importantes para esta escolha e que mereceriam estar aqui.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Abaixo a Ditadura do Diploma!


        Recentemente os vereadores de Porto Alegre, entenderam pela obrigatoriedade do curso superior para ocupantes dos cargos de chefe de gabinete e coordenadores de bancadas. Tal postura segue uma tendência de supervalorização do diploma do curso superior e poucas pessoas se insurgem contra, por temer serem acusadas de não defenderem a capacitação e o estudo.

          Não é o meu caso. Incentivei e incentivo minhas filhas a terem um curso superior e eu mesmo pretendo tê-lo um dia, e toda a especialização que for necessária para desempenhar, bem, aquilo que escolher exercer, porém não consigo aceitar a imposição descabida do diploma, como se ele determinasse a capacidade, ou não, de uma pessoa para algumas funções.

          O curso superior é importante e fundamental para o exercício de determinadas profissões, pois possibilita que ela possa estar apta a exercer atividades bem específicas e especializadas, como por exemplo, medicina e engenharia, porém, não preciso de diploma de nível superior para ser motorista, pedreiro, carpinteiro, a minha profissão de fotógrafo, e uma infinidade de outras profissões, assim como para ser político não precisa, como para ser empresário e principalmente para ser líder.

          Exigir diploma, em muitos casos, é apenas quererem nos vender aquilo que não precisamos, e impor uma limitação injusta, pois se não vejamos, pegando o caso específico da câmara de vereadores: De um lado eu tenho uma liderança nata, uma pessoa que atua politicamente desde a juventude, entende tudo de política, e por exercer uma função profissional, que não exija curso superior, fica impedida de exercer uma função política.

          Aqui cabe um parêntese. A política, geralmente é algo paralelo a nossa profissão e que pode, ou não, se transformar em uma profissão, não obrigatoriamente. A pessoa pode ser cabeleireiro, empregada doméstica, carpinteiro, motorista e, por necessidade, motivação e vontade, se tornar um líder de sua categoria, uma referência, aprender, no dia a dia, a aglutinar, convencer, liderar.

          Pois é, temos o exemplo do nosso ex-presidente Lula, que foi um dos mais importantes presidentes de nossa história, porém antes teve de superar diversos preconceitos, entre eles o de não ter diploma de nível superior, pois essa pessoa, que entende quase tudo da arte política, pode ser até presidente da república, mas não pode ser chefe de gabinete de um vereador, mesmo que para o exercício da função esteja altamente capacitado. Porém, uma pessoa, que nunca fez política, mas tem um diploma de curso superior (Qualquer diploma, de engenheiro, agrônomo, ciências aeronáuticas, farmácia, hotelaria, não importa), mesmo que para o exercício desta função ele não tenha nenhuma especialização e nenhuma experiência, e sim o simples fato de possuir o diploma, pode ocupar um cargo de relevância política mesmo que não tenha habilidade para tal.

          Isso tudo quer dizer que, quem tiver diploma superior não pode ser político? Não! Isso quer dizer que o médico, o engenheiro, o fisioterapeuta, assim como o pedreiro, a doméstica, o motorista podem ser políticos, porém, algumas pessoas querem limitar o acesso de alguns grupos às funções importantes, querem impor barreiras, para que pessoas simples, das mais diversas origens, como operários de toda a ordem, camponeses, donas de casa, profissionais autônomos, não se envolvam com política, que não possam alcançar os melhores salários e assim acenderem politicamente.

          Querem, os autores de regras como essa, que líderes comunitários, camponeses, operários, sirvam apenas como massas de manobra, e não possam galgar funções políticas de relevância, que lhes proporcionem melhores remunerações e crescimento.

          Desculpem a franqueza, mas conheci muita gente que não possui curso superior e é extremamente competente e capacitada para o exercício de suas funções, já vi muito mestre de obras dar show em engenheiro, e na política, especificamente, a melhor faculdade é a da vida. Alguém vai querer me convencer que uma pessoa que consegue reunir uma multidão em uma comunidade de periferia, que lidera uma categoria profissional, não consegue coordenar um gabinete com meia dúzia de assessores?

          Em nosso país alguém pode ser semialfabetizado, abrir um negócio, ser habilidoso, prosperar, construir um império, ficar milionário, ser respeitado internacionalmente, mas se for convidado para ser chefe de gabinete na câmara de vereadores de Porto Alegre, será considerado inapto.

          Não param de proliferar cursos superiores, presenciais ou à distância, virou um grande negócio, muitos deles colocando no mercado pessoas com “pouca capacitação”, mas com diplomas, enquanto faltam técnicos, profissionais e principalmente líderes. Despejam pessoas com diploma nas ruas, sem emprego, e a forma de continuar vendendo diplomas, muitas vezes inúteis, é criarem mais espaços onde o que precise seja o diploma e não a capacidade.

          Abaixo a Ditadura do Diploma!

VOLTEI!


          Olá Amigos! Voltei!
      
      Após um período afastado do Blog, refletindo sobre o caminho a seguir, avaliando os resultados da eleição, estou de volta. Este blog é importante para mim, e embora de tempo em tempo eu deixe de publicar postagens aqui, não quer dizer que tenha abrido mão dele, e muito menos que tenha deixado de produzir algum texto ou reflexão, ocorre que, dependendo do que estou fazendo, preciso pensar muito no que vou publicar, pois, infelizmente ou felizmente, não somos totalmente livres e temos que refletir sobre a utilização da internet. 

          Nossos compromissos profissionais nos impõem certos limites, e a sociedade também. Quando era diretor executivo da Fundação Thiago Gonzaga eu não podia fazer declarações bombásticas e muitas vezes expressar minha própria opinião, pois corria o risco de ter minha opinião confundida com a da instituição, e é assim, quando estive no gabinete da Deputada Juliana Brizola, na Seinfra, e também agora que estou trabalhando na assessoria do Deputado Beto Albuquerque, tenho que dosar minhas opiniões, sem renunciar a elas, mas evitando constrangimentos.

          Sou uma pessoa de opinião, sou crítico, e procuro pesar isso, pois não trabalharia em um lugar, ou com uma pessoa, que não respeitasse minha opinião e me proibisse de manifestá-la, por outro lado, devo saber quando essas opiniões podem ser públicas e quando devem ser reservadas, pois, precisamos também pensar coletivamente, enxergar o outro, valorizar as instituições e evitar que o individual prejudique o coletivo.

        Pois é, voltei! Estou aqui, com uma porção de coisas para dizer, cheio de ideias, sonhos e opiniões. Dentro de pouco mais de um ano teremos Copa, eleições presidenciais e uma série de acontecimentos importantes e pretendo estar aqui, percorrendo meu caminho e dividindo com vocês algumas impressões.

                         Feliz 2013 para todos!

Você nunca deve desistir de suas idéias

Conta a lenda que um príncipe ia ser coroado Imperador, mas, de acordo com a lei, ele deveria se casar. Sabendo disso, o rapaz lançou uma disputa entre todas as moças do reino. Anunciou o seguinte desafio para um grupo de jovens que havia se apresentado:
- Darei, para cada uma de vocês, uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, trouxer a mais bela flor será minha esposa.
O tempo passou e uma das jovens, a mais humilde delas, apesar de não ter tanta habilidade nas artes da jardinagem, cuidava da sua sementinha com muita paciência e ternura, pois sabia que, se a beleza da flor surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisaria ficar preocupada com o resultado.
Passaram-se três meses e nada germinou.
Passaram-se os seis meses e ela nada havia cultivado.
A flor não brotou. Porém, consciente do seu esforço e dedicação, compareceu ao palácio na data e hora combinadas.
Lá estava a jovem, com seu vaso de flores vazio, junto a todas as outras pretendentes, cada qual com uma flor mais bela que a outra.
O príncipe observou cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção e anunciou que a jovem que trazia o vaso vazio era a escolhida. Era ela sua futura esposa. Ninguém compreendeu por que ele havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado! Então, calmamente, ele esclareceu:
- Esta foi a única que cultivou a flor que a fez digna de se tornar uma Imperatriz, a flor da honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.

Você nunca deve desistir de suas idéias.

Acredite nelas e trabalhe.
Extraído de “O que podemos aprender com os Gansos” de Alexandre Rangel