Vi o
saudoso Leonel Brizola utilizar essa frase por muitas vezes, a principal delas
em 1989 quando apoiou Lula no 2º turno da eleição, após ter perdido a
oportunidade de disputá-lo com Collor por uma diferença de menos de 1% dos
votos.
Este
ano, após mais de 10 anos afastado da política, resolvi optar por uma nova
filiação partidária e o partido escolhido foi o PSB – Partido Socialista
Brasileiro. A escolha preenchia uma série de expectativas pessoais, o meu
espírito socialista, a vontade de construir um caminho, o fato de estar cansado
de brigas políticas e baixarias e minha admiração e respeito pelo Deputado Beto
Albuquerque.
Ao que
me parecia, o PSB era um partido mais unido, fraterno. Pois seja bem vindo ao
mundo real, mundo cão, mundo do engole sapo. Hoje leio no Correio do Povo uma
matéria sobre a disputa no diretório estadual do PSB e a formação de um grupo
composto por alguns deputados. Até aí tudo bem, na democracia é fundamental o
contraditório, o debate no campo das idéias. Quem me conhece sabe que até gosto
de um bom debate, gosto até um pouco acima da média, eu adoro.
Sou
cristão novo no PSB, ainda nem conheço direito as pessoas, e fica muito difícil
opinar. Estou me ambientando ao partido, me identificando com as pessoas e
talvez, por isso, tenha um pouco de legitimidade para fazer as observações que
farei logo a seguir.
Quem me
conhece sabe que não sou de ficar em cima do muro, e mesmo que não tenha sido
chamado na briga eu me meto, hoje mesmo quando vinha para o trabalho eu vi um
homem dar uma bofetada na cara de uma mulher por causa de uma batida no
trânsito, parei e me ofereci para testemunhar contra ele, é da minha natureza.
Não gosto de injustiças e covardia. Por isso não gostei do tom que o Deputado
Heitor Schuch deu às suas críticas, elas fogem do campo das idéias e partem para
o campo pessoal, da baixaria, leva para um campo incompatível com o bom nível.
Sou
novo de idade, mas já faço política há bastante tempo e conheço o Deputado Beto
Albuquerque há pelo menos uns 15 anos e, por exemplo, sempre vi a Beti
trabalhando com ele.
Na verdade, a Beti é filiada ao PSB há 25 anos e trabalha há 20 com o Beto. Portanto acho uma covardia utilizar a condição de
esposa do Caleb como argumento ou exemplo. Aonde quer chegar o deputado com
esse argumento? Dizer que o Caleb nomeou a esposa no gabinete da SEINFRA?
Convenhamos, não sei quanto tempo eles são casados, mas convivi muito tempo com
ela sem saber que ela era sua esposa, e pelo que sei quando eles se conheceram
ela já trabalhava com o Beto.
Acho um
golpe baixo usar o nome dela, é covarde, é preconceituoso, por isso resolvi
falar, pois da mesma forma que me ofereci para depor contra o homem que agrediu
uma mulher em plena via pública, também resolvi meter minha colher nesta
encrenca. Não gostei do ataque que do Dep. Schuch fez a uma companheira do
partido que considero uma pessoa valorosa. Não gosto de homem que bate em
mulher, seja físicamente ou moralmente. Nunca
tive a oportunidade de conversar com o deputado, só o via no tempo que
trabalhava na Assembléia, porém acho que por aí não acrescenta nada, rebaixa a
discussão e envergonha a todos nós, pois confirma que por interesse político as
pessoas deixam de lado a ética.
Não
tenho motivos para me meter nesta disputa. Tô chegando agora, mas desde cedo
sei de que lado estou, e estou sempre contra a baixaria e a covardia. Por aí
não, Dep. Schuch, aí não constrói. Vamos aumentar o nível dessa prosa e
podíamos começar com um pedido de desculpas. Seja um bom menino! Humildade e
caldo de galinha não fazem mal a ninguém.
Se a política é arte de
engolir sapos, os engolirei, porém, não sem protestar.