O
Governador Tarso Genro e a Presidenta Dilma, determinaram que os detentores de
cargos em seus governos, que pretendem participar das eleições deste ano, como
candidatos, deveriam deixar suas funções ainda no começo do ano.
Considero
a decisão de ambos, muito acertada, pois há muito trabalho por se fazer no
governo e é importante que todos estejam “focados” no trabalho, além do que,
fica ruim fazer modificações no meio do ano, é bom fazer isso agora durante o
período de férias; Por último, garante que a máquina pública não seja usada
eleitoralmente pelos candidatos e seus partidos políticos.
Aqui no
Rio Grande do Sul, o Secretário Beto Albuquerque, cumpriu a orientação do
governador, o que considero acertado e demonstra seu compromisso com o governo
e com a boa administração do patrimônio público. Eu mesmo acabo de deixar as
funções que exercia na SEINFRA (Secretaria de Infraestrutura e Logística do RS)
desde o ano passado. Como sou pré-candidato a uma vaga na nominata do PSB para
concorrer a vereador em Porto Alegre, em comum acordo com a orientação do
Secretário Beto Albuquerque, deixei minhas funções.
Nós não
somos donos destes cargos, erra quem pensa assim, os cargos são missões que
recebemos, para servir a população e o governo em que acreditamos. Políticos
sérios, não se apegam a cargos e estão prontos para deixá-los, desde o primeiro
dia em que entram. Vamos lá, cumprimos nossa missão e saímos. Quem quer
estabilidade, deve fazer concurso público. Na SEINFRA todos os três
companheiros que se enquadravam nos critérios da orientação do governo, tiveram
que se afastar: Eu e os companheiros Geraldinho (Pré-candidato a Prefeito em
Viamão) e o Vanderlan Vasconcelos (Pré-candidato a Prefeito de Esteio).
Dizem
que alguns pré-candidatos, de outros partidos, não estão seguindo a orientação
do governador, usando da artimanha de que “não têm certeza” se serão, ou não,
candidatos. Quem me conhece sabe que não gosto de hipocrisia e que abomino esse
tipo de prática, pois se pretendem ser candidatos, e para merecerem o voto das
pessoas, têm de aprender, desde sempre, a cumprirem orientações, e não ficarem
fazendo “malandragens”. Quem age assim não merece o voto do eleitor.
Acho
até que o Prefeito José Fortunati, e todos os demais Prefeitos, deveriam fazer
o mesmo e solicitar o afastamento dos detentores de cargos públicos que
pretendem se candidatar, isso evitaria que utilizassem da máquina pública para
benefício próprio e eleitoreiro. Nossa população está cansada dessas práticas
lesivas aos cofres públicos.
Se hoje,
grande parte da população está descontente com a política, muito se deve por
ver aquilo que é público, que a todos pertence, ser usado de forma leviana, por
políticos, que só pensam em seus próprios interesses, e utilizam-se daquilo que
é de todos nós, para aferir proveito próprio e de manutenção de seu "estatus
quo".
Para
que a democracia seja exercida de forma correta, é preciso que todos aprendam a
tratar com respeito à “coisa pública”. Pessoas “apegadas” a cargos, e que
“alicerçam” suas carreiras políticas neles, acabam fazendo qualquer negócio
para se manter onde estão, e para isso, muitas vezes renunciam aos seus valores
pessoais, a sua dignidade, e o respeito ao bom uso do patrimônio público.
Espero
que o Prefeito José Fortunati, faça uma demonstração de que respeita o povo de
Porto Alegre, e determine que os pré-candidatos a Vereador, que estão ocupando
CC’S na Prefeitura, deixem suas funções para evitar a utilização da máquina
pública como instrumento de campanha eleitoral, seguindo o bom exemplo dado pelo
Governador Tarso Genro e a Presidenta Dilma Rousseff.
Por
último, agradeço a confiança do Secretário Beto Albuquerque, que me
proporcionou a oportunidade de fazer parte da sua equipe, a frente de uma das
mais importantes secretarias do Estado do Rio Grande do Sul.
Bom tema para debate, entretanto, entendo que é importante destacar também (já que o texto foi omisso) que existe legislação sobre o assunto. Os prazos de afastamento estão regulados pela legislação eleitoral, ou seja, não depende de orientação politica/partidaria, é só cumprir a lei que todos vão poder concorrer tranquilamente.
ResponderExcluirA Lei estabelece prazos equivocados, distorcidos, injustos? bom isso é outro foco para a conversa...
Caro Anônimo, a legislação estipula um prazo sim, porém o governante é livre para determinar o que é melhor para seu governo e para aquilo que entende como mais justo e transparente. Quem conhece minimamente política, sabe que com apenas três meses de campanha é muito difícil alguém lograr êxito eleitoral, portanto existe aquilo que é Legal, e o que é Ético e Moral.
ResponderExcluirNo caso especifico o Governador Tarso e a Presidenta Dilma, optaram por não permitir, ou pelo menos tentaram evitar, que a máquina pública seja utilizada para fins eleitorais.
Com certeza, a partir da volta do Carnaval, a campanha começa a todo vapor, pois têm a fase que chamamos de pré-campanha, de articulações internas nos partidos, de articulação com lideranças, até as convenções que determinarão as nominatas oficiais. Os pré-candidatos estarão focados nisso e com certeza isso prejudicará seus desempenhos no governo.
Como impedir, por exemplo, que os atos de governo e das assessorias de imprensa dos "Secretários Candidatos" não se transformem em máquinas de campanha?
Por tudo isso, considero acertada a decisão de Tarso e Dilma, e entendo que o Prefeito Fortunatti e os demais prefeitos deveriam fazer o mesmo, pois estariam prestando um bom serviço à democracia e ao patrimônio público.
Obrigado pela contribuição!
É isso aí Serginho! Bela abordagem de um tema, que a imprensa e a maioria dos prefeitos simplesmente ignoraram.
ResponderExcluirTem que valer para o prefeito também. O Fortunati deveria dedicar-se apenas a sua canditatura. Ou, não vale para ele????
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