Este
ano teremos eleições. O povo vai às urnas para eleger os Prefeitos municipais e
os Vereadores. Na democracia, o direito ao voto é a nossa principal “arma”, com
ela, podemos conceder um mandato àqueles que acreditamos serem os melhores para
representar a nossa opinião no parlamento e no executivo. Vejam bem: O político
representa a nossa forma de pensar. Somos nós que decidimos quem VAI ou NÃO,
ocupar uma função pública em nosso nome. EU escolho, EU voto, EU me
responsabilizo pela escolha.
Quando
ficamos descontentes com o comportamento daqueles que elegemos, temos a
oportunidade, de corrigir nosso erro, nas próximas eleições. Como? Primeiro NÃO
votando nele novamente. Segundo: Escolhendo outro candidato. Sim, pois se ficamos desiludidos, indignados,
e optamos por votos nulos e brancos, acabamos não corrigindo, pois nossa
omissão, muitas vezes ajuda àqueles que nos decepcionaram, pois se o voto não
vai outro candidato, ele acaba se reelegendo. O maior castigo para o mau
político é fazer menos votos do que na eleição anterior, e ver outro político,
principalmente novo, ocupar o seu lugar.
Sempre
valorizei o meu voto, e fiz questão de escolher bem. Sinto-me recompensado pelo
capricho, pois, quase não tive decepções com meus votos, nas vezes que consegui
ver meus candidatos eleitos.
Este
ano, minha filha caçula, Renata, completa 16 anos e votará pela primeira vez em
seu próprio nome. Ela sempre me acompanhou nas votações. Quando pequenas, as
minhas três filhas iam comigo votar, devidamente trajadas e decoradas com a
propaganda de meus candidatos. Criança adora essa festa da democracia que é a
eleição. Eu mesmo guardo a lembrança das eleições de 1978, quando criança, que
eu corria pelo bairro, catando santinho para minha coleção. O nosso candidato
tem de nos orgulhar e não pode envergonhar nossos filhos.
Quando
jovem, no movimento estudantil, lutei pela aprovação da emenda constitucional
que garantiu o voto aos 16 anos. A emenda é de autoria do Ex-Deputado Federal
Hermes Zanetti (Que se filiou a poucos meses no PSB). Zanetti foi Presidente do
CPERS e é uma importante liderança gaúcha. Nossa geração conquistou muitas
coisas e o voto aos 16 anos é uma das conquistas de relevância. Vínhamos de um
período de limitada democracia, de eleições indiretas para Presidente da
República (A primeira eleição direta para Presidente, após a ditadura,
aconteceu em 1989, já com o direito de voto aos 16 anos) e poder soltar o grito
que estava preso em nossa garganta era o que nossa juventude almejava. Essa luta,
da qual participei ativamente, é o que concede a minha filha Renata, e outros
milhares de jovens, o direito cidadão de escolher, de forma democrática, os
seus representantes.
O voto
é o coroamento da democracia, é o momento onde somos todos iguais, onde cada
cidadão tem direito a um único voto, o seu voto, e o concede a quem desejar.
Minha filha vai às urnas em pé de igualdade comigo, seu voto valerá o mesmo que
o meu, pois o voto não discrimina religião, sexo, raça, classe social. Ela
poderá decidir uma eleição com seu voto. Sim, pois a diferença de um voto pode
decidir uma eleição, um candidato pode perder, ou ganhar, uma eleição, por um
voto de diferença, portanto, jamais devemos subestimar o valor deste direito
legítimo que conquistamos.
Estou
feliz, pois este ano todas as minhas filhas estarão votando e contribuindo pela
consolidação da democracia. Espero que àqueles que têm direito ao voto, o
valorizem, comparecendo as urnas e escolhendo um candidato de sua confiança.
Escolha! Não tenha medo de errar. Acredite! Confie! Acompanhe o processo
eleitoral, debata os problemas da cidade com seus familiares, colegas e amigos.
Converse com os candidatos, ouça suas opiniões e as motivações que o levaram a
se candidatar. E se não for pedir demais, não troque seu voto por dinheiro, ou
qualquer outro “presentinho”, não acredite em promessas absurdas, pois
lembre-se: Você está concedendo o direito desta pessoa te representar pelos
próximos quatro anos, tomar decisões, administrar aquilo que é de todos nós.
Mas, o importante, é que você mesmo decide, conforme sua própria consciência,
seus valores e crenças, pois esse é o seu direito, legítimo, concedido pela
DEMOCRACIA.
Serginho Néglia !
ResponderExcluirOportuna tua campanha ! Não basta indignar-se antes as injustiças, corrupções, má versações do erário público. É preciso utilizarmos o voto consciente para mudarmos o modus operandis ora vigente. A juventude derrubou um Presidente da República e, pode com seu voto, mobilização elegerm politicos sérios, compremetidos com as aspirações da sociedade. Sugiro que postes o Anafabeto Politíco do Bertold Brecht. Amplexos. Valtinho