domingo, 6 de janeiro de 2013

Minha Filha quer ser Professora! Devo comemorar?


Essa, sem dúvida, foi uma professora muito marcante para a Renata, A Professora Dani, da 2ª série.

Minha filha caçula, Renata, decidiu que quer ser professora, ela está no terceiro ano do ensino médio e já terá que escolher o caminho profissional e optou pelo magistério. Desde muito pequena já manifestava essa vontade, e conforme foi crescendo ela foi, por muitas vezes, colocada a prova, durante sua vida escolar, tendo bons e maus professores, vendo a importância dada a eles, as dificuldades, e principalmente o desrespeito que sofrem diariamente por parte de seus alunos.

Eu e a Márcia sempre a incentivamos, Quem me conhece sabe que sou admirador dos professores e defensor incondicional da Educação, eu mesmo já pensei e penso ainda em ser professor, e a Márcia tinha a vontade de ser professora primária, temos tias, primas e muitos amigos professores, porém deixamos ela decidir. Em alguns períodos ela quase desistiu, cogitou fazer Serviço Social, mas resolveu seguir sua vontade inicial.

A Professora Lu, da 4ª série, talvez tenha sido uma inspiração para seu gosto pela profissão pois, foi sempre muito afetuosa e carinhosa com os alunos, uma referência para a Renata

Muitas vezes vi a vontade em ser professor sufocada, por pais preocupados com as dificuldades da profissão, principalmente os baixos salários, e ao invés de ensinar seus filhos a valorizar e respeitar “os mestres” acabam por depreciá-los, e de forma inconsciente, colocando-os em uma situação de inferioridade em relação a outras profissões. Saibam que não há profissão mais importante do que a de professor! Existem profissões de igual magnitude, porém nenhuma maior.

Quando depreciamos a profissão por causa do salário, geramos o problema, pois passamos um recado para nossos filhos de que o mais importante é o quanto se ganha e não o que se faz. Por isso, principalmente nas escolas privadas ouvimos coisas do tipo “eu to pagando!” Além do mais, se o professor é depreciado, perde o respeito e a autoridade perante o aluno, aí, além de enfrentar os baixos salários, e todas as dificuldades, sofrem toda a ordem de agressões e desrespeitos, e neste caso acaba mesmo não valendo a pena ser professor.

Com a professora Jeane, de Matemática e regente da 6ª série, o gosto pela gincana da escola começou a mudar, o 5º lugar   foi comemorado como uma vitória.





Sempre educamos a Renata incentivando o respeito e admiração a seus professores, e ela correspondeu, pois sempre manteve uma boa relação com seus “mestres”, durante sua trajetória escolar, sempre recebemos muitos elogios por sua conduta. Desta forma ela estabeleceu uma relação saudável com seus professores a ponto de querer ser um deles.

Já estamos tomando as providências para que a Renata consiga realizar seu desejo, e nós aqui estaremos a apoiando e incentivando.

Aos pais, que consideram importante a educação de seus filhos, faço um apelo: Se não podem determinar uma melhor remuneração aos professores, se não conseguem fazer com que os governos valorizem mais a educação, pelo menos ensinem seus filhos a respeitar os professores, falem sobre a nobre arte de ensinar, sobre o ser humano que está por trás de quem cobra o tema e aplica provas, mostre que aquela pessoa também tem família, sonhos, projetos e necessidades, e que sua escolha profissional foi ajudar o seu filho e todos os seus colegas a alcançarem seus sonhos e, portanto, é um amigo, um aliado, alguém especial, que merece todo o nosso respeito e consideração.

Com o Professor Jaime, de Geografia e regente da 7ª série, veio a inesquecível vitória na Gincana da escola


Devo comemorar a escolha de minha filha? SIM! Devo comemorar! E mais do que isso, me sinto honrado, realizado e orgulhoso por isso, pois é sinal de que soubemos transmitir a ela, o que realmente é importante nesta vida.

Parabéns minha amada filha! Espero que possa realizar teu desejo e se transforme em uma excelente professora! Sempre terá todo o meu apoio!

Com o Professor Cesar (com o violão), de História, regente da 5ª série e coordenador do PJE, foi incentivada a participação social, ao engajamento, motivada a desenvolver sua liderança
Aqui com a Professora Claudete, de Português, na formatura da 8ª série, mais uma dentre os queridos mestres.
Com certeza teríamos muitos nomes a acrescentar a esta lista, que necessitaria de uma busca mais detalhada por fotos, e uma consulta a Renata (fiz esse post com meus poucos conhecimentos de pai, sem consultar a Renata) que, com certeza, acrescentaria uma série de nomes a esta lista, pessoas que ela admira e respeita, e foram importantes para esta escolha e que mereceriam estar aqui.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Abaixo a Ditadura do Diploma!


        Recentemente os vereadores de Porto Alegre, entenderam pela obrigatoriedade do curso superior para ocupantes dos cargos de chefe de gabinete e coordenadores de bancadas. Tal postura segue uma tendência de supervalorização do diploma do curso superior e poucas pessoas se insurgem contra, por temer serem acusadas de não defenderem a capacitação e o estudo.

          Não é o meu caso. Incentivei e incentivo minhas filhas a terem um curso superior e eu mesmo pretendo tê-lo um dia, e toda a especialização que for necessária para desempenhar, bem, aquilo que escolher exercer, porém não consigo aceitar a imposição descabida do diploma, como se ele determinasse a capacidade, ou não, de uma pessoa para algumas funções.

          O curso superior é importante e fundamental para o exercício de determinadas profissões, pois possibilita que ela possa estar apta a exercer atividades bem específicas e especializadas, como por exemplo, medicina e engenharia, porém, não preciso de diploma de nível superior para ser motorista, pedreiro, carpinteiro, a minha profissão de fotógrafo, e uma infinidade de outras profissões, assim como para ser político não precisa, como para ser empresário e principalmente para ser líder.

          Exigir diploma, em muitos casos, é apenas quererem nos vender aquilo que não precisamos, e impor uma limitação injusta, pois se não vejamos, pegando o caso específico da câmara de vereadores: De um lado eu tenho uma liderança nata, uma pessoa que atua politicamente desde a juventude, entende tudo de política, e por exercer uma função profissional, que não exija curso superior, fica impedida de exercer uma função política.

          Aqui cabe um parêntese. A política, geralmente é algo paralelo a nossa profissão e que pode, ou não, se transformar em uma profissão, não obrigatoriamente. A pessoa pode ser cabeleireiro, empregada doméstica, carpinteiro, motorista e, por necessidade, motivação e vontade, se tornar um líder de sua categoria, uma referência, aprender, no dia a dia, a aglutinar, convencer, liderar.

          Pois é, temos o exemplo do nosso ex-presidente Lula, que foi um dos mais importantes presidentes de nossa história, porém antes teve de superar diversos preconceitos, entre eles o de não ter diploma de nível superior, pois essa pessoa, que entende quase tudo da arte política, pode ser até presidente da república, mas não pode ser chefe de gabinete de um vereador, mesmo que para o exercício da função esteja altamente capacitado. Porém, uma pessoa, que nunca fez política, mas tem um diploma de curso superior (Qualquer diploma, de engenheiro, agrônomo, ciências aeronáuticas, farmácia, hotelaria, não importa), mesmo que para o exercício desta função ele não tenha nenhuma especialização e nenhuma experiência, e sim o simples fato de possuir o diploma, pode ocupar um cargo de relevância política mesmo que não tenha habilidade para tal.

          Isso tudo quer dizer que, quem tiver diploma superior não pode ser político? Não! Isso quer dizer que o médico, o engenheiro, o fisioterapeuta, assim como o pedreiro, a doméstica, o motorista podem ser políticos, porém, algumas pessoas querem limitar o acesso de alguns grupos às funções importantes, querem impor barreiras, para que pessoas simples, das mais diversas origens, como operários de toda a ordem, camponeses, donas de casa, profissionais autônomos, não se envolvam com política, que não possam alcançar os melhores salários e assim acenderem politicamente.

          Querem, os autores de regras como essa, que líderes comunitários, camponeses, operários, sirvam apenas como massas de manobra, e não possam galgar funções políticas de relevância, que lhes proporcionem melhores remunerações e crescimento.

          Desculpem a franqueza, mas conheci muita gente que não possui curso superior e é extremamente competente e capacitada para o exercício de suas funções, já vi muito mestre de obras dar show em engenheiro, e na política, especificamente, a melhor faculdade é a da vida. Alguém vai querer me convencer que uma pessoa que consegue reunir uma multidão em uma comunidade de periferia, que lidera uma categoria profissional, não consegue coordenar um gabinete com meia dúzia de assessores?

          Em nosso país alguém pode ser semialfabetizado, abrir um negócio, ser habilidoso, prosperar, construir um império, ficar milionário, ser respeitado internacionalmente, mas se for convidado para ser chefe de gabinete na câmara de vereadores de Porto Alegre, será considerado inapto.

          Não param de proliferar cursos superiores, presenciais ou à distância, virou um grande negócio, muitos deles colocando no mercado pessoas com “pouca capacitação”, mas com diplomas, enquanto faltam técnicos, profissionais e principalmente líderes. Despejam pessoas com diploma nas ruas, sem emprego, e a forma de continuar vendendo diplomas, muitas vezes inúteis, é criarem mais espaços onde o que precise seja o diploma e não a capacidade.

          Abaixo a Ditadura do Diploma!

VOLTEI!


          Olá Amigos! Voltei!
      
      Após um período afastado do Blog, refletindo sobre o caminho a seguir, avaliando os resultados da eleição, estou de volta. Este blog é importante para mim, e embora de tempo em tempo eu deixe de publicar postagens aqui, não quer dizer que tenha abrido mão dele, e muito menos que tenha deixado de produzir algum texto ou reflexão, ocorre que, dependendo do que estou fazendo, preciso pensar muito no que vou publicar, pois, infelizmente ou felizmente, não somos totalmente livres e temos que refletir sobre a utilização da internet. 

          Nossos compromissos profissionais nos impõem certos limites, e a sociedade também. Quando era diretor executivo da Fundação Thiago Gonzaga eu não podia fazer declarações bombásticas e muitas vezes expressar minha própria opinião, pois corria o risco de ter minha opinião confundida com a da instituição, e é assim, quando estive no gabinete da Deputada Juliana Brizola, na Seinfra, e também agora que estou trabalhando na assessoria do Deputado Beto Albuquerque, tenho que dosar minhas opiniões, sem renunciar a elas, mas evitando constrangimentos.

          Sou uma pessoa de opinião, sou crítico, e procuro pesar isso, pois não trabalharia em um lugar, ou com uma pessoa, que não respeitasse minha opinião e me proibisse de manifestá-la, por outro lado, devo saber quando essas opiniões podem ser públicas e quando devem ser reservadas, pois, precisamos também pensar coletivamente, enxergar o outro, valorizar as instituições e evitar que o individual prejudique o coletivo.

        Pois é, voltei! Estou aqui, com uma porção de coisas para dizer, cheio de ideias, sonhos e opiniões. Dentro de pouco mais de um ano teremos Copa, eleições presidenciais e uma série de acontecimentos importantes e pretendo estar aqui, percorrendo meu caminho e dividindo com vocês algumas impressões.

                         Feliz 2013 para todos!

Você nunca deve desistir de suas idéias

Conta a lenda que um príncipe ia ser coroado Imperador, mas, de acordo com a lei, ele deveria se casar. Sabendo disso, o rapaz lançou uma disputa entre todas as moças do reino. Anunciou o seguinte desafio para um grupo de jovens que havia se apresentado:
- Darei, para cada uma de vocês, uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, trouxer a mais bela flor será minha esposa.
O tempo passou e uma das jovens, a mais humilde delas, apesar de não ter tanta habilidade nas artes da jardinagem, cuidava da sua sementinha com muita paciência e ternura, pois sabia que, se a beleza da flor surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisaria ficar preocupada com o resultado.
Passaram-se três meses e nada germinou.
Passaram-se os seis meses e ela nada havia cultivado.
A flor não brotou. Porém, consciente do seu esforço e dedicação, compareceu ao palácio na data e hora combinadas.
Lá estava a jovem, com seu vaso de flores vazio, junto a todas as outras pretendentes, cada qual com uma flor mais bela que a outra.
O príncipe observou cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção e anunciou que a jovem que trazia o vaso vazio era a escolhida. Era ela sua futura esposa. Ninguém compreendeu por que ele havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado! Então, calmamente, ele esclareceu:
- Esta foi a única que cultivou a flor que a fez digna de se tornar uma Imperatriz, a flor da honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.

Você nunca deve desistir de suas idéias.

Acredite nelas e trabalhe.
Extraído de “O que podemos aprender com os Gansos” de Alexandre Rangel