O último final de semana trouxe muitas novidades para a política brasileira. Por todos os cantos do país, os eleitores foram surpreendidos pelos movimentos
do tabuleiro político, e em época de redes sociais, travam-se verdadeiras
batalhas virtuais.
Em 2011
resolvi retornar a militância política, com o objetivo principal de contribuir
com a minha opinião e com minha forma de encarar o mundo. Queria auxiliar com o
debate para a construção de uma nova geração de políticos, movidos por outros
interesses e sentimentos, e acreditava, de forma até pretensiosa, que
conseguiria ser parte desta mudança. Claro que tudo foi e está sendo mais
difícil do que eu esperava, pois todos que me conhecem sabem que sou um
otimista, e sempre me imponho grandes desafios, muito grandes, diga-se de
passagem, mas também sabem que não sou de desistir fácil.
Pois
então, diante deste quadro político, entendo que devo registrar aqui minhas
opiniões, de forma a compartilhar com aqueles que em mim confiaram seus votos e
que, de alguma forma, me têm como referência política. Entendo a política
assim, feita com transparência, com defesa de opinião, mesmo que ela não seja o
senso comum, ou agrade a maioria, e principalmente com franqueza, sem o cinismo
e oportunismo reinante em grande parte dos políticos que se comportam como
verdadeiros “estelionatários” da opinião pública, que agem sorrateiramente na
escuridão dos porões do poder.
Em
várias postagens, pretendo registrar o que penso, sobre o momento político,
sobre o futuro, e como é a minha militância, o meu partido, e como eu gostaria
que fosse. Sem medo, vou registrar como vejo tudo isso, para, pelo menos, ser
justo com aqueles que tiveram a coragem de confiar a mim seus votos, e ainda
pedir aos outros que também o fizessem. Vamos lá então!
Eu e a
Presidenta Dilma Rousseff
Acho
importante começar por aqui. Quem me conhece sabe das relações afetivas que
tenho com a Presidenta Dilma, de quem fui companheiro de militância no PDT,
inclusive fiz parte do grupo de filiados, que junto com ela, deixaram o PDT, em
2000, para apoiar Tarso Genro na eleição para a Prefeitura de Porto Alegre. Sabem também de meu carinho e admiração por seu ex-companheiro, Carlos Araújo, a
quem tenho como amigo e referência política e, portanto, gostaria de deixar
registrado aqui a minha opinião, pois não sou um antiPTista, e também não sou
oposicionista do governo de Dilma. Pelo contrário, sou um defensor de todos os
avanços de seu governo e posso afirmar, sem nenhum constrangimento, ou dúvida,
que ela é uma abnegada e que está dando o seu melhor para o Brasil. Sou uma
pessoa de esquerda e não serviria de arma para inviabilizar o governo dela.
Se me
perguntarem se gostaria que o PSB continuasse fazendo parte do Governo Dilma,
responderia que sim, não veria com maus olhos a permanência do PSB no governo
de Dilma, assim como não acho que se ela for reeleita o Brasil irá piorar. Pode
não melhorar, mas, piorar eu não acredito!
Por que
eu defendo a candidatura de Eduardo Campos, então? Os motivos que me levam a apoiar Eduardo
Campos são vários, desde os mais elementares, que são, por exemplo, o fato de
ser filiado ao PSB e no momento que escolhi por me filiar a um partido, devo
respeitar suas decisões, até o simples entendimento de que, ele pode auxiliar o
Brasil a crescer, trazendo uma nova forma de governar, um novo olhar sobre o
que está aí, e sem se afastar do campo popular e socialista. Olhando assim,
parece simples, porém essa decisão é mais complexa e passa por alguns outros
fatores que irei expor na sequência, o importante é que as pessoas entendam que
para ser a favor de Eduardo Campos, não precisa ser contra a Dilma. Esse
antagonismo, é apenas uma característica PTista que, muitas vezes, se comporta
de forma maniqueísta, onde quem está com eles é bom, e quem não está é ruim,
como se eles fossem o parâmetro de Bom e de Bem, assim como uma personificação
do “divino” e neste campo fica difícil de argumentar, e quanto mais se tenta,
mais piora.
Assim,
para iniciar, deixo muito claro que tenho toda a simpatia pela presidente
Dilma, e não tenho nenhuma resistência, ódio, ou algo parecido pelo PT. Já
depositei meu voto e fiz campanha para candidatos do PT em inúmeras
oportunidades, embora tenha minhas críticas a seu modo de fazer política, que
explicitarei no decorrer.
Portanto,
não aceito e repudio, qualquer tentativa de me colocar no campo oposto. Sou
militante de esquerda, o PSB é um partido de esquerda e qualquer insinuação em
contrário é pura leviandade.
Espero
que me acompanhem, comentem e, principalmente, que eu possa auxiliar na
reflexão daqueles que me leem, expressando com sinceridade o que penso sobre o
momento político que vivemos.
Boa
Leitura!
Em 2012, em uma das visitas ao companheiro e amigo Carlos Araújo, acompanhado do comandante Beto Albuquerque. |
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