terça-feira, 22 de julho de 2014

Finalmente Férias!

Nossa! Há muito tempo não tinha esse sentimento, festejar o período de férias escolares. Realmente não temos como prever o que o destino nos reserva, o futuro é completamente imprevisível. No final de 2013, nem me passava pela cabeça frequentar uma faculdade, e agora estou aqui comemorando o final do semestre.
Trabalhar e estudar é desgastante, principalmente para um corpo sedentário como o meu, minha sorte é que minha mente não é tão sedentária quanto o corpo, senão teria sido muito mais difícil. Porém aprender é uma das coisas mais encantadoras da vida. Sinto que cresci que estou melhor.
Reencontrar Marx e conhecer Durkheim e Weber fizeram das aulas de Sociologia algo muito especial e revigorante para o meu idealismo. Confesso que até frequentar as aulas de Pré-história nunca havia feito nenhuma diferença se éramos descendentes do macaco ou de Adão e Eva, e conhecer melhor a teoria da evolução e da dispersão do homem em nosso planeta foi um aprendizado riquíssimo. As aulas de História Antiga mostraram a riqueza cultural dos povos da antiguidade, e que existem muitas coisas que não vem de hoje. Nas quartas-feiras esquecíamos-nos do tempo escutando as explicações do professor Fitz.

Minha Turma Legal! Sentirei saudade desta galera! Aprendi muito na convivência com eles e sei que não mais nos reuniremos como agora, que em alguma disciplina estaremos juntos, outras não, e quem sabe com alguns me encontrarei na formatura, mas o certo é que, independente de para onde o destino nos leve, ficarão registrados nas minhas melhores memórias e no meu coração.
Freud explica! Quantas vezes escutei essa frase? Saber mais sobre ele, sobre Erikson e Wallon e sobre o consciente e o inconsciente das pessoas me ajudaram a compreender muitas coisas sobre mim e sobre os meus semelhantes, proporcionando uma impressionante viagem em minha mente. E as aulas de didática? Os conceitos de “panóptico”, “corpos dóceis” de Michel Foucault, a Pedagogia do Oprimido, Medo e Ousadia, de Paulo Freire, a descoberta Janusz Korczak, e sua aula de como amar uma criança, e tanto autores, dentre eles o próprio professor, autor de Limites e Afetividade. Segunda-feira sempre foi um dia especial com a Psicologia e a Didática. Já na Sexta-feira a tarefa ficava para a disciplina de prática, onde a professora se desdobrava para nos mostrar a realidade da convivência na escola, a importância da organização, do planejamento, dos modelos educacionais.
Quanta coisa aprendi nas sete disciplinas do primeiro semestre. A Introdução aos Estudos Históricos me mostrou para além da “Escola dos Analles”, de Le Goff, e da “Escola metódica”, aprendi como relacionamento, empatia, motivação e compreensão com os alunos é fundamental, porém planejamento, boa escolha dos textos, boa elaboração de uma prova e boa didática também o são. Foi, por exemplo, a única disciplina em que não tirei nota máxima na avaliação do N2 (O sistema de avaliação é em três etapas que se somam durante o semestre, N1 e N2 valem 3 e a N3 é a avaliação final do semestre com valor de 4 totalizando 10 pontos). Procurei me dedicar igualmente em todas as disciplinas, fui o legítimo chato, sempre fazendo perguntas, opinando, e fiz isso de forma parelha, em todas as disciplinas, tanto que na N1 alcancei a nota máxima em 4 disciplinas, e na N2 em 6 das 7 disciplinas, Confesso que no final dei uma relaxada, tirei um pouco o pé do acelerador, mesmo assim consegui, com exceção desta disciplina, onde alcancei pouco mais que a média, um bom desempenho.
A Faculdade ensina para alem do conteúdo, e mesmo na disciplina onde não consegui o melhor desempenho, também tirei rico aprendizado, pois no caso de quem cursa licenciatura, aprendemos com o conteúdo e também com o comportamento, o gestual, com as práticas, e com a pessoa do professor. Através deles observamos como queremos ser, e aquilo que não queremos repetir, mas, não é só com o professor que se aprende, se aprende com os colegas, com a dinâmica de sala de aula, com os trabalhos em grupo, com as conversas durante os intervalos, com as brincadeiras. Desde o começo me encantei com a galera, com sua diversidade, com a riqueza de pensamentos e comportamentos, e talvez por não viver essa experiência há bastante tempo, foi especialmente rica e inesquecível para mim essa convivência.

Enfim, férias! Na bagagem um Serginho melhor!  

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