quinta-feira, 25 de julho de 2013

Bem Vindo Papa Francisco!

Quando escolheram um papa Argentino, torci o nariz. Não tinha motivo nenhum a não ser  uma mania de levar certas coisas não muito a sério, e um Papa Argentino parecia piada pronta, ainda mais enquanto torcíamos por um Papa Brasileiro, também sem nenhum motivo mais concreto, a não ser o nosso nacionalismo que, por vezes, faz parecer que o que é “nosso é “melhor”. Para dizer bem a verdade, não tinha nenhum conhecimento maior sobre os “papáveis” brasileiros, a não ser que tinha um gaúcho entre eles e poderíamos ter um papa brasileiro e gaúcho. “Ucho, ucho, ucho, o Papa é Gaúcho!”, estávamos prontos para gritar.

Essa é uma das imagens que mais gostei de Autoria do Fotógrafo Marco de Paula da Agência Estado, publicada em Zero Hora

Mas, o novo Papa não era gaúcho, sequer brasileiro, era Argentino, nosso rival sul-americano, e diga-se de passagem, nunca parei para saber o porque desta rivalidade, e confesso que não saberia explicá-la, mas, sei que existe.

Eis que a Jornada Mundial da Juventude é no Brasil, e o Papa Hermano comparece. Pronto! Cativou todo mundo! Sua santidade é um carisma só, uma figura realmente encantadora e com gestos simples e de humildade, vai arrebatando seguidores e admiradores por onde passa. Estou encantado com o sumo pontífice e impressionado com a empolgação dos fiéis católicos, que saíram da toca e foram para a rua, no embalo do #VemPraRua.

O Papa Francisco roubou a cena e está dando um show! O papa é POP!

segunda-feira, 22 de julho de 2013

A Ideologia deturpa nossa visão sobre a realidade?

Essa é uma das reflexões mais polêmicas da minha vida.

Sou do tipo de pessoa que está sempre brigando consigo mesmo. Antes de opinar faço uma longa e demorada reflexão sobre tudo e ás vezes fico dias refletindo sem chegar a uma conclusão.

Quando cheguei aos 40 anos, vivi uma crise e questionei muito a minha vida até ali. Depois de um bom tempo, percebi que, de certa forma, minhas ideologias deturpavam minha visão sobre a realidade e desde lá venho tentando corrigir isso, o que confesso, não é nada fácil.

Porque resolvi abordar este assunto? Porque percebo, nos saudáveis debates que o país está fazendo, após as manifestações populares, que a população é bombardeada com uma série de versões sobre os acontecimentos e se, costumeiramente, é comum recebermos mais de uma versão sobre o mesmo fato, atualmente, com a internet, recebemos dezenas de versões sobre os fatos, todas ricamente filtradas pela ideologia de quem às difundem, criando uma onda gigantesca de confusões onde a primeira vítima é a verdade.

O período em que atuei na Fundação Thiago de Moraes Gonzaga foi bastante depurador para minha alma, pois a ideologia das pessoas não as impedia de lutar, unidas, pelo objetivo maior, a Vida, e essa entendimento só era quebrado por àqueles que não conseguiam se libertar de seus preconceitos ideológicos, nos demais, a harmonia era plena.

Hoje, olhando para o passado, percebo que, tanto em mim, como em muitas pessoas a minha volta, as crenças ideológicas, tanto políticas, como religiosas, que atualmente andam cada vez mais juntas, agiram como geradoras de preconceitos e discriminação, e mais separam do que uniram.

Lembro uma passagem de minha vida muito ilustrativa: Iniciei minha militância no MR8, uma organização de esquerda, hoje Partido da Pátria Livre e, certa vez, participei de um Congresso da UGES em Soledade. Naquela época, quem não era dos nossos era de “Direita”, eu me achava o suprassumo da esquerda, o resto era reacionário (Não tinha nem 18 anos nesta época), e marquei uma pessoa que compunha o grupo adversário.

O tempo passou! Ingressei no PDT e um dia na reunião da Juventude Socialista eu me deparo com essa pessoa. PQP esse “direitoso” aqui? Pensei eu. E já fui avisando: Deixa esse “direita” longe de mim!

O tempo tornou a passar: Conheci melhor esse cara, ele se tornou meu grande amigo, participou do núcleo “Che Guevara” comigo e é como um irmão para mim.  Só posso contar essa história hoje, porque, não sei como, me dei a oportunidade de conhecê-lo, pois, o julgamento que fazia dele era sem nenhum conhecimento. Nada sabia sobre ele e jamais havíamos trocado nenhuma palavra sequer, e não consigo, até hoje, entender porque tinha tantas certezas sobre ele.

Tirei muitas lições disto, e de tantos outros acontecimentos de minha vida. Hoje, procuro conhecer as pessoas, ouvi-las, antes de tirar conclusões; Não faço julgamentos pelas opiniões dos outros, procuro sempre ouvir o que as pessoas têm a dizer sobre alguém, e só formo opinião após eu mesmo conhecê-la; Não aceito a primeira versão sobre nada, principalmente de quem esta diretamente envolvido, pois, temos a tendência de ser parciais quando o assunto envolve a nós mesmos, conheci muito poucas pessoas com senso de autocrítica apurados.

Quando escuto opiniões, procuro me concentrar no conteúdo e não no acessório, que em suma quer dizer que independente de quem venha e da forma que venha, procuro ver se o que está sendo dito faz algum sentido, pois, não somos a única forma de vida inteligente na terra, existe sabedoria nos outros também.

Procuro ser coerente em minhas atitudes e em minhas reflexões, algo muito difícil, é preciso registrar, pois, acabamos por amenizar, e até aceitar, coisas erradas vindas de pessoas de quem gostamos, ou por quem nutrimos simpatia. Por fim, tenho que admitir que a verdade não me pertence, e o que sei, é que nada sei, pois tudo que expresso, das formas mais diversas, passou antes pelo filtro das minhas ideologias.


sexta-feira, 19 de julho de 2013

Estão todos NUS!

Prestei minha solidariedade ao amigo e colega de profissão Elson Sempé Pedroso, que afirmava ter sido agredido e coagido pelos ocupantes da Câmara de Vereadores de Porto Alegre.

Já cobri muitas manifestações e no exercício da minha profissão, não admito que me agridam, nem a polícia, nem o estado, nem os manifestantes!

Tenho mais de 20 anos de profissão e não aceito tomar porrada por estar trabalhando!
Geralmente estamos sozinhos, e ser agredido por grupos é COVARDIA!

Os manifestantes apresentaram um vídeo e disseram aos quatro ventos que era tudo mentira, que a "imprensa alternativa" e limpa provava isso, e que a "imprensa burguesa" manipulava os fatos!

Pois agora parece o vídeo das câmeras de segurança onde o Elson é chutado, empurrado e perseguido.

Quem está mentindo?

Que moral tem estes caras para falarem de manipulação da opinião pública se é o que eles também fazem?

Ridícula a postura da "imprensa alternativa e verdadeira" que compactuou com isso.
No fundo são farinha do mesmo saco a "imprensa burguesa" e os "filhotinhos da imprensa burguesa".

Estão todos NUS!


http://www.youtube.com/watch?v=EqvlzKRQkqE

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Independência ou Morte!

Apropriando-me da celebre frase, proclamada no 7 de setembro de 1822 às margens do Ipiranga,  declaro hoje minha independência! Não sei direito ainda do que, nem de quem, mas vou soltar o grito que está preso em minha garganta desde que me conheço por gente.
Vou soltar o meu “Não rotundo” contra tudo que esta aí, me apropriando de outra frase celebre, esta de Leonel Brizola.

Quando criei este blog, queria que ele fosse uma espécie de diário de minha vida, uma forma de expor as coisas que penso, e quem sabe criar identidade com as pessoas e com o mundo em minha volta, porém, alguns anos depois (o criei em 2010), percebi que nunca consegui escrever um post que tivesse mais de 1.000 leitores, nunca consegui escrever algo que fizesse o meu blog ser popularizado, enquanto via pessoas de todos os tipos virarem celebridades escrevendo seus blogs.

Nunca consegui escrever com certa regularidade, opinar sobre tudo e sobre todos, como imaginava no início (Quando comecei, imaginava que meu grito alcançaria o mundo e que poderia mexer com muitas cabeças através dele. Doce ilusão!)

Wikipédia: MEDO: O medo é uma sensação que proporciona um estado de alerta demonstrado pelo receio de fazer alguma coisa, geralmente por se sentir ameaçado, tanto fisicamente como psicologicamentePavor é a ênfase do medo.


Hoje, percebo que falhei comigo mesmo, não por não alcançar popularidade, mas sim por ter mais textos escritos e guardados do que publicados. E porque guardei tanta coisa? Por Medo, respondo! Tive medo, algo que normalmente não tenho, mas de um tempo para cá eu desenvolvi.
Um dos motivos que me fez deixar a Fundação Thiago Gonzaga, após quase 10 anos de intensa dedicação (Agora muitos saberão o verdadeiro motivo) é que eu queria me reencontrar comigo mesmo, pois a responsabilidade que temos quando representamos uma instituição é muito grande, o que dizemos e fazemos, acaba repercutindo, e os nossos interesses individuais, não devem se sobrepor aos coletivos. Não me sentia bem em tomar certas decisões, e falar certas coisas, que poderiam ser mal interpretadas e, assim, prejudicar a instituição. Muitas vezes quis xingar políticos, diretores da EPTC, do Detran, Imprensa e um bando de gente que dizia e fazia coisas que não gostava, mas tinha de sufocar esse grito para não causar prejuízos à instituição. Resolvi então, depois da minha missão cumprida, começar tudo de novo, fazer outras coisas (entre essas coisas criar esse blog) e assumir as rédeas de minha vida.

Mas, infelizmente, a gente é domesticado, acaba por repetir os mesmo erros, persistir. Não é fácil se libertar e “abrir as grades desta prisão”.

"Coragem é a resistência ao medo, domínio do medo, e não a ausência do medo."
Mark Twain
Após um período sabático, por carinho e apreço a minha amiga Juliana Brizola, voltei a me envolver com política, e novamente sufoquei minha voz, pois o que mais tem na política é patrulhamento, parece que somos todos bonecos de ventríloquo, e se dissermos alguma coisa que desagrade ou ofenda alguém, é porque é a mando de teu “superior”. Não sei quanto aos outros, mas eu penso com minha própria cabeça e quem me conhece sabe que não sou “fantoche” de ninguém.

Passado um período na Assembleia, tentei meu caminho próprio, concorri a vereador nas últimas eleições, queria conquistar meu próprio espaço, ampliar o poder da minha voz, porém, não fui competente para conquistar os votos, em número suficiente (Pois os 1418 votos que recebi, me honraram MUITO), para me eleger, e tenho que conviver com essa realidade (falarei sobre isso em outro post).

Após as eleições e um período de reflexão, aceitei o convite do Deputado Federal Beto Albuquerque, para compor sua equipe, e confesso que me orgulho muito disso. Porém, o pesadelo do patrulhamento voltou a me atormentar, teria de, novamente, tomar cuidado com o que dizia e fazia, pois afinal o Comandante Beto tem uma bela trajetória política, é respeitado, e todos nós, que com ele trabalhamos, temos que zelar pelo seu nome e sua imagem.

Certa vez comentei com ele que costumava escrever em meu blog, mas que tinha receio de prejudicá-lo pelo qual ele me respondeu: “Serginho, o que eu posso fazer se as pessoas não conseguem diferenciar as coisas? Lamento se elas pensarem isso, não posso fazer nada, pois nunca censurei ninguém, e não vou começar agora. Como vou te impedir de dizer o que pensa? Se achasse que me prejudicasse, aquilo que escreve, você não estaria trabalhando comigo." Fiquei muito feliz e encorajado com a resposta, e orgulhoso de poder contar com a confiança dele, porém, nem assim me encorajei, continuei escrevendo coisas e guardando, pois, mesmo que confiasse nele, temia prejudicá-lo, e quando gostamos e temos respeito por alguém, zelamos pelo seu bem estar e sua felicidade, eu, pelo menos sou assim.

Foto de Ramiro Furquim (Sul21): Se eu pudesse escolher um fotógrafo que acompanhou essa galera desde o início, esse seria o Ramiro, que não conheço pessoalmente, mas que admiro pelos belos registros que tem feito, e se transformou em uma espécie de porta-voz visual dos manifestantes
Acompanhe no site Sul21 http://www.sul21.com.br/jornal/2013/07/galeria-apos-quase-oito-dias-camara-e-desocupada-pelos-manifestantes/
Agora Chega! Independência ou Morte! Não vou mais sufocar meus pensamentos e minhas ideias! Depois que vi uma foto dos “caras” e das “minas” peladas na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, não devo mais temer a nada. Chega de ver os “peladões” livres por aí e eu aqui cheio de pudores para dizer umas palavrinhas. Não! Basta! Vou me despir dos meus medos, das minhas vergonhas, dos meus pudores e dar meu grito de Independência.

Obrigado peladões! Obrigado pela liberdade que estão me proporcionando, após tantos anos de luta! Em retribuição vou passar a escrever tudo que penso, inclusive sobre vocês, sem temer mais nada! Vida nova a partir de agora! E não me importa o que vão pensar dos meus posts, sequer vou me preocupar se alguém ou quem lê, quero é ser feliz. Me Aguardem!

 VIVA A LIBERDADE! #ProntoFalei