quinta-feira, 18 de julho de 2013

Independência ou Morte!

Apropriando-me da celebre frase, proclamada no 7 de setembro de 1822 às margens do Ipiranga,  declaro hoje minha independência! Não sei direito ainda do que, nem de quem, mas vou soltar o grito que está preso em minha garganta desde que me conheço por gente.
Vou soltar o meu “Não rotundo” contra tudo que esta aí, me apropriando de outra frase celebre, esta de Leonel Brizola.

Quando criei este blog, queria que ele fosse uma espécie de diário de minha vida, uma forma de expor as coisas que penso, e quem sabe criar identidade com as pessoas e com o mundo em minha volta, porém, alguns anos depois (o criei em 2010), percebi que nunca consegui escrever um post que tivesse mais de 1.000 leitores, nunca consegui escrever algo que fizesse o meu blog ser popularizado, enquanto via pessoas de todos os tipos virarem celebridades escrevendo seus blogs.

Nunca consegui escrever com certa regularidade, opinar sobre tudo e sobre todos, como imaginava no início (Quando comecei, imaginava que meu grito alcançaria o mundo e que poderia mexer com muitas cabeças através dele. Doce ilusão!)

Wikipédia: MEDO: O medo é uma sensação que proporciona um estado de alerta demonstrado pelo receio de fazer alguma coisa, geralmente por se sentir ameaçado, tanto fisicamente como psicologicamentePavor é a ênfase do medo.


Hoje, percebo que falhei comigo mesmo, não por não alcançar popularidade, mas sim por ter mais textos escritos e guardados do que publicados. E porque guardei tanta coisa? Por Medo, respondo! Tive medo, algo que normalmente não tenho, mas de um tempo para cá eu desenvolvi.
Um dos motivos que me fez deixar a Fundação Thiago Gonzaga, após quase 10 anos de intensa dedicação (Agora muitos saberão o verdadeiro motivo) é que eu queria me reencontrar comigo mesmo, pois a responsabilidade que temos quando representamos uma instituição é muito grande, o que dizemos e fazemos, acaba repercutindo, e os nossos interesses individuais, não devem se sobrepor aos coletivos. Não me sentia bem em tomar certas decisões, e falar certas coisas, que poderiam ser mal interpretadas e, assim, prejudicar a instituição. Muitas vezes quis xingar políticos, diretores da EPTC, do Detran, Imprensa e um bando de gente que dizia e fazia coisas que não gostava, mas tinha de sufocar esse grito para não causar prejuízos à instituição. Resolvi então, depois da minha missão cumprida, começar tudo de novo, fazer outras coisas (entre essas coisas criar esse blog) e assumir as rédeas de minha vida.

Mas, infelizmente, a gente é domesticado, acaba por repetir os mesmo erros, persistir. Não é fácil se libertar e “abrir as grades desta prisão”.

"Coragem é a resistência ao medo, domínio do medo, e não a ausência do medo."
Mark Twain
Após um período sabático, por carinho e apreço a minha amiga Juliana Brizola, voltei a me envolver com política, e novamente sufoquei minha voz, pois o que mais tem na política é patrulhamento, parece que somos todos bonecos de ventríloquo, e se dissermos alguma coisa que desagrade ou ofenda alguém, é porque é a mando de teu “superior”. Não sei quanto aos outros, mas eu penso com minha própria cabeça e quem me conhece sabe que não sou “fantoche” de ninguém.

Passado um período na Assembleia, tentei meu caminho próprio, concorri a vereador nas últimas eleições, queria conquistar meu próprio espaço, ampliar o poder da minha voz, porém, não fui competente para conquistar os votos, em número suficiente (Pois os 1418 votos que recebi, me honraram MUITO), para me eleger, e tenho que conviver com essa realidade (falarei sobre isso em outro post).

Após as eleições e um período de reflexão, aceitei o convite do Deputado Federal Beto Albuquerque, para compor sua equipe, e confesso que me orgulho muito disso. Porém, o pesadelo do patrulhamento voltou a me atormentar, teria de, novamente, tomar cuidado com o que dizia e fazia, pois afinal o Comandante Beto tem uma bela trajetória política, é respeitado, e todos nós, que com ele trabalhamos, temos que zelar pelo seu nome e sua imagem.

Certa vez comentei com ele que costumava escrever em meu blog, mas que tinha receio de prejudicá-lo pelo qual ele me respondeu: “Serginho, o que eu posso fazer se as pessoas não conseguem diferenciar as coisas? Lamento se elas pensarem isso, não posso fazer nada, pois nunca censurei ninguém, e não vou começar agora. Como vou te impedir de dizer o que pensa? Se achasse que me prejudicasse, aquilo que escreve, você não estaria trabalhando comigo." Fiquei muito feliz e encorajado com a resposta, e orgulhoso de poder contar com a confiança dele, porém, nem assim me encorajei, continuei escrevendo coisas e guardando, pois, mesmo que confiasse nele, temia prejudicá-lo, e quando gostamos e temos respeito por alguém, zelamos pelo seu bem estar e sua felicidade, eu, pelo menos sou assim.

Foto de Ramiro Furquim (Sul21): Se eu pudesse escolher um fotógrafo que acompanhou essa galera desde o início, esse seria o Ramiro, que não conheço pessoalmente, mas que admiro pelos belos registros que tem feito, e se transformou em uma espécie de porta-voz visual dos manifestantes
Acompanhe no site Sul21 http://www.sul21.com.br/jornal/2013/07/galeria-apos-quase-oito-dias-camara-e-desocupada-pelos-manifestantes/
Agora Chega! Independência ou Morte! Não vou mais sufocar meus pensamentos e minhas ideias! Depois que vi uma foto dos “caras” e das “minas” peladas na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, não devo mais temer a nada. Chega de ver os “peladões” livres por aí e eu aqui cheio de pudores para dizer umas palavrinhas. Não! Basta! Vou me despir dos meus medos, das minhas vergonhas, dos meus pudores e dar meu grito de Independência.

Obrigado peladões! Obrigado pela liberdade que estão me proporcionando, após tantos anos de luta! Em retribuição vou passar a escrever tudo que penso, inclusive sobre vocês, sem temer mais nada! Vida nova a partir de agora! E não me importa o que vão pensar dos meus posts, sequer vou me preocupar se alguém ou quem lê, quero é ser feliz. Me Aguardem!

 VIVA A LIBERDADE! #ProntoFalei



Um comentário:

  1. Putz, pelo menos prá algo de bom serviu esta tragédia que assistimos na Câmara. Solta o verbo Serginho!!!!!

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